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The Liscon Concierge foi o ponto de partida para o franchising The City Concierge (Foto: Divulgação)

Um ‘concierge’ na cidade

Por: Ana Rita Justo

Primeiro Lisboa, depois Porto e depois um franchising que já se estende a Aveiro, Algarve, Açores e Bruxelas. O The Lisbon Concierge foi o ponto de partida para um serviço cada vez mais importante no turismo das cidades: cuidar das casas para arrendamento e primar na arte de bem receber convidados. Paulo Bastos, o grande impulsionador do conceito, falou à PME Magazine sobre o que é ser um concierge na cidade.

 

PME Magazine – Como surgiu o The Lisbon Concierge?

Paulo Bastos – O The Lisbon Concierge surgiu em maio de 2014 e como é o caso de muitas startups, a ideia surge de uma breve conversa durante um jantar. Neste caso em particular, surgiu durante um jantar em Bruxelas quando Ben Carmona, um dos sócios atuais, falava sobre as dificuldades de obter serviços de suporte ao arrendamento para o apartamento que ele geria em Lisboa através do Airbnb. Na viagem de volta para Lisboa decidi criar um conceito para ajudar a combater as dificuldades que ele sentia e que muitos outros proprietários poderiam estar a sentir.

Além da existência de uma procura para este tipo de serviços, o timing parecia ser o ideal, pois já existiam sinais de um aumento grande no turismo em Portugal.

Após uma breve análise de mercado e a criação do conceito, o The Lisbon Concierge arrancou em maio de 2014 com a ajuda de Anabela Cabral e foi imediatamente um sucesso.  Poucos meses mais tarde o conceito é replicado no Porto pelas mãos do Rui Silva e Luís Carvalho, com um sucesso ainda maior.

Rapidamente começámos a receber a procura dos nossos serviços em outras cidades e foi nessa altura que se criou o The City Concierge num modelo de franchising.

 

PME Mag. – Em que cidades se podem encontrar os vossos serviços?

P. B. – Lisboa foi o ponto de partida, seguindo-se o Porto. Com o sucesso nestas duas cidades e já sob o franchising The City Concierge estamos também presentes na região do Algarve, Aveiro, Açores e brevemente na Madeira. Fora de Portugal estamos presentes em Bruxelas mas durante o decorrer do próximo ano iremos permitir novas concessões em algumas capitais na Europa.

 

PME Mag. – O conceito de tirar dores de cabeça aos proprietários não é novo, mas acaba por ser aqui um pouco reinventado. Concorda?

P. B. – Para alguns dos proprietários é praticamente impossível terem disponibilidade para se dedicarem a esta atividade, seja pela distância física ou pelas condicionantes das suas atividades profissionais. O facto de não terem de se preocupar com a gestão das reservas, as respostas aos convidados, a recepção dos convidados e tudo o que envolve esta atividade é sem dúvida uma mais-valia para eles e retira de vez as dores de cabeça.

 

PME Mag. – De certa forma também melhoram a experiência do turista…

P. B. – Sim, o turista que pernoita nas casas onde prestamos serviços notam uma diferença positiva que começa logo com o contacto inicial e que se estende até muito depois da estadia. Conseguimos facilitar a chegada dos hóspedes, fornecer qualquer tipo de informação e através dos nossos parceiros fornecer qualquer tipo de serviço, desde um simples transfer privado até ao pedido mais complexo.

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Paulo Bastos lançou The Lisbon Concierge em 2014

PME Mag. – Sentem mais adesão à medida que o tempo passa?

P. B. – Imensa adesão, não só por parte de proprietários que nos entregam mais casas, mas também dos hóspedes. Uma percentagem considerável dos hóspedes que reservaram as casas que prestamos apoio vieram especificamente à procura de casas que fossem auxiliadas por nós, para poderem usufruir dos nosso serviços. Eles já sabem que existe um padrão de qualidade e uma flexibilidade grande quando o serviço é prestado por nós.

 

“Visitantes trouxeram novo fôlego ao turismo”

PME Mag. – Qual o balanço de atividades do ano passado e deste ano até agora?

P. B. – O balanço tem sido muito positivo e o crescimento tem sido maior do que tínhamos antecipado inicialmente, resultado da crescente procura de Portugal por visitantes que trouxeram um novo fôlego ao turismo.

Tal como o turismo em geral tem crescido, também nós temos tido um crescimento acelerado, duplicando os números do ano passado em termos de novas casas que ajudamos a gerir. A nossa equipa cresceu também imenso e mesmo agora com o final do verão continuamos a ter uma procura constante por parte de novos clientes.

Mais do que quantidade, a nossa prioridade passa também por apostar na qualidade, com uma selecção cada vez mais cuidada das casas que ajudamos a gerir e um aprimoramento do nosso serviço.

 

PME Mag. – Quais os próximos passos deste negócio?

P. B. – Os próximos passos em termos operacionais para o The Lisbon Concierge passam pelo alargamento da nossa área de abrangência, para fazer face à procura que temos tido fora de Lisboa. Estamos a preparar a nossa estrutura para dentro em breve estarmos a oferecer a totalidade dos nossos serviços na zona de Estoril e Cascais. Mas acima de tudo queremos continuar a crescer em Lisboa, sempre mantendo a mesma qualidade. Para o The City Concierge os próximos passos serão a expansão para a Europa.