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A nova era dos festivais de música

Por: Ricardo Bramão, presidente da APORFEST Associação Portuguesa Festivais Música 

Nos últimos anos, a tendência dos festivais de música e dos seus promotores foi a de criar novas formas de motivar o seu público e conseguir diferenciar-se da concorrência. Existiram, no último ano, segundo o estudo da APORFEST – Associação Portuguesa Festivais Música, 311 festivais de música a ocorrer em Portugal de janeiro a dezembro (estes são, cada vez mais, um produto turístico e de fidelização de novas gerações de público e, por isso, todos querem estar envolvidos, nomeadamente os municípios) e, por isso, dar apenas música não é sinónimo de sucesso, importando criar pontos de atração e diferenciação daquilo que os pares e concorrentes estão a realizar.

A sustentabilidade é um desses pontos, a par da introdução de novas tecnologias, que está a alterar esta área e a incutir novos comportamentos no seu público e na sociedade. Hoje, os copos reutilizáveis/biodegradáveis são uma realidade (que permitem a redução de plástico), algo que começou a ser visto no nosso principal evento, o Talkfest – International Music Festivals Forum, em 2012, mas que hoje é algo estandardizado tanto do lado do promotor como das cervejeiras – vemos os mesmos em qualquer tipo de festival, independentemente da sua dimensão.

Vemos o desaparecimento de palhinhas nos bares e zona de restauração e a introdução de material comestível ou biodegradável em substituição do material descartável. Assistimos, ainda, a comportamentos que envolvem mais trabalho e com intenção a longo prazo, como a produção de energia verde através de células fotovoltaicas (alimentadas a energia solar) ou disponibilização de água potável (de forma eficiente com sensor, de modo a mitigar perdas e desperdício), para o qual o Festival Med é um exemplo, tendo ganho inclusivé o prémio ibérico de contributo para a sustentabilidade nos últimos Iberian Festival Awards; assim como o Boom Festival, que é um exemplo deste tipo de comportamentos desde a sua primeira edição, em 1997.

 

Leia na íntegra o artigo na edição de julho da PME Magazine.