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ACT avisa para tentativa de burla (Foto: Arquivo)

Conheça as cinco maiores burlas que estão a ser praticadas

O Portal da Queixa registou 1377 reclamações por burla e fraude no primeiro trimestre deste ano, mais 34% face a 2019, que registou 1024 reclamações. Só durante o estado de emergência, a plataforma registou 356 reclamações relacionadas com burla e fraude.

As queixas mais apresentadas são por fraudes que se verificam através de pagamentos online, esquemas fraudulentos através de SMS, roubos de identidade e dados pessoais, lojas online fictícias, phishing e outros tipos de cibercrimes”, refere o Portal da Queixa em comunicado.

A plataforma alerta, assim, a comunidade online para as cinco maiores burlas que estão a ser praticadas.

1. Roubo de montantes financeiros através da aplicação da SIBS – MB Way

Segundo o Portal, nos três primeiros meses deste ano, foram registados na plataforma 118 casos, mais do que os 24 casos do mesmo período do ano passado. 

“A solução de pagamento MB Way da SIBS é extremamente segura e com uma enorme aplicabilidade no dia-a-dia dos consumidores”, começa por explicar o Portal da Queixa. Contudo, ainda há quem não entenda como funciona a aplicação, podendo ser enganado em processos de compra.

“O método utilizado continua a ser o mesmo, ou seja, o potencial comprador – que é o alegado criminoso –, convence a vítima (interessada no produto à venda), que apenas o pode pagar por MB Way. No seguimento, convida a vítima a dirigir-se a uma caixa Multibanco e colocar o seu cartão bancário, acedendo ao registo na aplicação MB Way. Nesse momento, consegue de forma ardilosa que a vítima coloque o número de telefone do alegado burlão, como titular do acesso à conta, permitindo a este o levantamento imediato de montantes em dinheiro. De seguida, desliga o telefone, deixando a vítima sem dinheiro na conta.”

2. SMS e emails fraudulentos em nome dos CTT

“Têm sido vários os consumidores que, nos últimos dias, receberam um e-mail ou uma SMS em nome dos CTT, com falsos conteúdos para efetuarem o pagamento de uma taxa, no sentido de desbloquear a encomenda de um equipamento telefónico de última geração, que aguarda na alfândega”, alerta o Portal da Queixa. A mesma mensagem diz, ainda, que “foi ganho num concurso e, por apenas 1€, o consumidor poderá receber esta fantástica oferta”.

“Será necessário reforçar que o intuito do endereço da ligação para efetuar o pagamento remete para um site onde o principal objetivo será recolher todos os dados bancários que o utilizador irá fornecer, com vista à utilização indevida destes dados, para acesso às contas bancárias, através do conhecido processo de phishing.”

3. SMS e e-mails fraudulentos para pagamento imediato de dívida com a EDP ou a MEO

Têm sido relatados casos de consumidores que são aliciados ao pagamento de uma dívida inexistente, tanto ao fornecedor de eletricidade ou de telecomunicações, com um prazo muito reduzido – normalmente refere “nas próximas horas” -, sob pena de ser efetuado o corte do serviço.

Segundo o Portal da Queixa, estas comunicações são normalmente feitas “ao final do dia, com vista a que o consumidor (vítima) não tenha a possibilidade de contacto com o prestador e assim efetue o pagamento, com receio de não ficar privado do serviço”.

“Os consumidores devem estar atentos a sinais como o e-mail usado para o envio, a forma de escrita, se não contém erros ou traduções com erros gramaticais, a forma de pagamento, mesmo que por referência bancária, deve sempre pesquisá-la no Google para despistar a burla através da opinião de alerta de outros consumidores. Em caso de dúvida, não pague e remeta a queixa para as autoridades policiais.”

4. SMS com passatempos fraudulentos em nome da Worten ou Continente

Aqui, o objetivo é levar a “vítima a pensar que foi vencedora de um sorteio e para recolher o prémio, basta clicar numa ligação que a levará para o preenchimento de um formulário”.

O Portal alerta que o formulário irá “roubar dados pessoais e bancários, como também efetua a subscrição para o recebimento de SMS de valor acrescentado com um custo a rondar os 5€ semanais e serem debitados do saldo de telecomunicações da vítima”.

“Tanto a Worten como o Continente, já alertaram no devido tempo, que não efetuam sorteios e/ou passatempos nestes moldes e aconselham sempre os consumidores a consultarem os sites e redes sociais das marcas, por forma a validarem os passatempos que estarão a decorrer.”

5. Venda de equipamentos de proteção individual para o combate à Covid-19

A plataforma alerta que “não é aconselhável a compra destes produtos em sites que não apresentem as mínimas garantias de idoneidade na entrega e no preço praticado”.

“Exemplo disso, são sites estrangeiros que vendem, não só, máscaras de proteção, como gel desinfetante e medicamentos que combatem o vírus. Este tipo de endereços online são totalmente desaconselhados e devem ser denunciados às autoridades nacionais e europeias pela gravidade da prática criminal que praticam. Para isso, será necessário estar atento a sinais, como a falta de certificado de segurança dos sites (vulgo cadeado verde que se encontra na barra de endereço do navegador de internet), procurar por contactos reais como telefone e morada física da empresa vendedora (de forma a poder identificar caso seja necessário) e, principalmente, efetuar uma pesquisa exaustiva nos motores busca.”