Por: Maria Inês Jorge
O próximo ano vai trazer um aumento no preço do tabaco, das viagens de Alfa Pendular e do pão. Rendas, portagens e outros transportes públicos mantêm-se inalterados. Eletricidade é a única a ficar mais barata.
Com a entrada no novo ano, é tempo de atualização de preços e entrada em vigor de novos impostos. Entre subidas e descidas de preços, a PME Magazine reuniu uma lista das alterações previstas para 2021.
Eletricidade desce
Esta será única tarifa a sofrer uma nova descida de preço já a partir do dia 1 de janeiro do próximo ano, com as famílias a poderem começar a poupar entre 20 e 30 euros por ano na fatura da eletricidade.
De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), os consumidores do mercado regulado ou que sejam pertencentes ao mercado livre, mas que tenham uma tarifa equiparada, verão a sua fatura ser reduzida cerca de 0,6%.
Rendas congeladas
O coeficiente de atualização de rendas em regime urbano ou rural, apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), ditou uma manutenção no valor do arrendamento para 2021.
Este coeficiente diz respeito a todas as rendas em regime livre, para habitação com renda condicionada ou para arrendamento não habitacional, no caso de as partes, inquilino e senhorio, não terem acordado condições diferentes.
Por outro lado, com uma inflação média negativa ao longo de 2020, o congelamento das rendas era já conjeturado para o próximo ano.
Pão poderá aumentar
Com o salário mínimo nacional nos 665 euros e a subida do preço da farinha, a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP) prevê um aumento do preço do pão.
No entanto, a associação ressalva que cabe a cada empresa a decisão de aumentar ou manter o valor do pão, uma vez que a definição de peso e preço deste produto são livres.
Preço das portagens mantém-se
Após uma taxa de inflação homóloga negativa registada em outubro (-0,17%), o preço das portagens nas autoestradas vai manter-se igual a 2020.
O cálculo do valor das portagens em cada ano tem por base a taxa de inflação homóloga sem habitação no continente registada no último mês com dados disponíveis antes de 15 de novembro, dia em que os concessionários devem informar o Governo sobre as suas propostas de preços para o ano seguinte.
Esta estabilização acontece depois de quatro anos consecutivos de aumento: 2016 (0,62%), 2017 (0,84%), 2018 (1,42%) e 2019 (0,98%).
Dos transportes públicos, apenas o Alfa Pendular aumenta
Segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), não haverá alterações na tarifa dos transportes públicos em 2021.
A única exceção será o Alfa Pendular, cujo preço dos bilhetes deverá aumentar em 0,5% a partir de 1 de janeiro.
NOS e Vodafone mantêm preços, MEO atualiza tabela
A NOS e a Vodafone revelaram que, pelo segundo ano consecutivo, não estão previstos aumentos de preços para o próximo ano.
No entanto, a MEO anunciou que vai proceder a uma atualização do preço base da mensalidade dos tarifários e pacotes já a partir do dia 1 de janeiro, tendo informado previamente os clientes abrangidos pela medida.
Mais dez cêntimos no tabaco
Com a entrada em vigor do novo Orçamento do Estado, é alterada a fórmula de cálculo do Imposto sobre o Tabaco (IT), o que poderá resultar num aumento de cinco cêntimos de imposto em cada maço de tabaco, o que corresponde a uma subida de 10 cêntimos no preço de venda ao público.
Fim das linhas de valor acrescentado
Aprovada pelo Parlamento, a proposta do PAN defende o fim da utilização de linhas de valor acrescentado como a única forma de contacto entre o consumidor e empresas prestadoras de serviços.
Assim, a partir do próximo ano, o apoio ao cliente de muitas empresas pode passar a ser feito através de um contacto telefónico gratuito, ficando impedidos de utilização por parte das prestadoras de serviços os prefixos ‘7’, ‘30’ e ‘808’.