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Verifica-se, no entanto, a constituição de empresas no digital (Foto: pixabay)

Constituição de empresas com queda de 35%

A constituição de novas empresas sofreu uma queda de 35,2% nos dois primeiros meses do ano, comparativamente ao período homólogo. No total, até ao final de fevereiro de 2021, nasceram 6220 novas empresas, uma queda justificada pela condicionante das medidas restritivas para combater a atual situação pandémica.

A constituição de novas empresas sofreu uma queda de 35%, tendo sido um fenómeno comum a todos os setores. A queda apresentada no final do mês passado é, no entanto, menor do que a verificada a meio de janeiro, no início do confinamento.

Para esta redução de criação de novas empresas, cinco setores contribuíram com 75% da queda. Os serviços gerais, apresentaram uma queda de 45% (-661 novas empresas), verificando-se uma descida acentuada nos subsetores da saúde, desporto e bem-estar, bem como nos serviços de edução e cultura.

Também o setor dos transportes foi fortemente afetado, com menos 71% (-602) de novas empresas. O alojamento e restauração, por sua vez, apresentou uma descida de 56% (-540 novas empresas) neste parâmetro, muito por culpa do recuo de restaurantes, cafés e alojamento para turistas.

Outro dos setores que mais contribuiu para a queda geral na constituição de novas empresas foi a construção, com uma descida de 28% (-304 novas empresas) justificada pela descida da criação de empresas de construção de edifícios. Já nos serviços empresariais, a descida verificada também foi de 28%, apresentando menos 428 novas empresas.

Em sentido inverso, relativamente às novas empresas efetivamente criadas, verificou-se um aumento do comércio online, fruto das restrições impostas pelo Governo. No caso do retalho online, foram criadas 100 novas empresas este ano, constituindo um aumento de 50% face a 2020. Neste contexto, também se verificou um crescimento de novas empresas de atividades auxiliares de transportes terrestres (67%) e de atividades postais (84%).

Quanto a insolvências, verificou-se um ligeiro aumento apenas em setores mais expostos aos impactos pandémicos, constituindo um avanço de 8%, o equivalente a mais 84 casos de insolvência.

Já em termos de encerramentos, verificaram-se cerca de 3.135 este ano, o que representa uma subida de 16,8% relativamente ao mesmo período de 2020. Contudo, o número de encerramentos e insolvências devem ser analisados tendo em conta as medidas de apoio que o Estado colocou à disposição das empresas, sendo processos demorados e que envolvem tribunais.