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Défice dispara para os 8.332 milhões até julho por causa da pandemia

O défice orçamental atingiu os 8.332 milhões de euros nos primeiros sete meses do ano, devido aos efeitos causados pela pandemia.

Segundo revelou o Ministério das Finanças, o aumento é de 7.853 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, e justifica-se com uma quebra de 10,5% nas receitas e um aumento da despesa de 5,3%.

“A execução evidencia os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia e nos serviços públicos, também na sequência de adoção de medidas de política de mitigação”, refere a tutela.

Entre os ‘responsáveis’ pelo aumento do défice estão as “medidas extraordinárias de política de apoio às famílias e às empresas”, que pesaram 2.271 milhões de euros no défice orçamental. Já a prorrogação das retenções na fonte de IRS e IRC e pagamento de IVA, a suspensão de execuções da receita e a isenção ou redução da taxa contributiva justificam 672 milhões de euros no défice.

As medidas associadas ao lay-off pesaram 752 milhões de euros no défice, a aquisição de equipamentos de saúde pesou 304 milhões de euros e outros apoios da Segurança Social representaram 342 milhões de euros.

Já a receita fiscal caiu 14,6%, com a redução de 12,8% no IVA e o impacto do adiamento do primeiro pagamento por conta do IRC para agosto. Por seu turno, as contribuições para a Segurança Social caíram 2,4%, enquanto as despesas com esta entidade foram de 1.094 milhões.

As despesas com prestações de desemprego subiram 21,4% e as despesas com subsídio por doença subiram 16,5%.