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O estudo "Women in the Workplace 2022", revela que os cargos de liderança, são maioritariamente, ocupados por homens (Fonte: Pexels)

Desigualdades de género no trabalho permanecem

Por: Martim Gaspar

Segundo o estudo “Women in the Workplace 2022”, desenvolvido pela McKinsey & Company e pela LeanIn.org, o número de mulheres a ocupar cargos de liderança mantém-se menor em relação ao número de homens.

O estudo analisou as experiências e aspirações profissional de mulheres com destaque para que questões como oportunidades de promoção, flexibilidade (trabalho presencial ou híbrido), bem-estar e igualdade entre homens e mulheres. O estudo, que contou com a participação de 400 mil trabalhadores de 333 organizações, destaca que o género afeta negativamente em relação à progressão profissional e aumento salarial.

Segundo o comunicado, “da mesma forma, no último ano, 29% das mulheres pensaram em reduzir o seu horário de trabalho, aceitar um cargo menos exigente ou até mesmo deixar de trabalhar, contra 22% dos homens”.

“Além disso, 37% das executivas afirmam ter tido um colega de trabalho que conseguiu obter algum reconhecimento profissional, contra 27% dos executivos que afirmam ter vivido a mesma situação, mas ao contrário”, lê-se no comunicado.

Em comparação com os homens do seu nível profissional, as executivas procuram apoiar o bem-estar dos colaboradores e promover a diversidade, a equidade e a inclusão.

Porém, “40% das executivas afirmam que o seu trabalho para promover a diversidade, igualdade e inclusão não é reconhecido nas suas avaliações de desempenho”.

Como resultado, “43% das mulheres sentem-se sobrecarregadas, em comparação com 31% dos homens com o mesmo cargo que reconhecem sentirem-se esgotados”, refere o documento.

Segundo Amaia Noguera, sócia da McKinsey & Company, “se as empresas não agirem, não vão perder apenas as suas gestoras, mas correm também o risco de perder a próxima geração de talentos, tanto homens como mulheres”.

“Os jovens dão cada vez mais importância ao trabalho inserido numa cultura equitativa, inclusiva e solidária”, acrescenta.