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Melhoria dos últimos meses não se tornou significativa (Foto: Pixabay)

Empresas de calçado com previsão de suspensão de atividade

Cerca de 40% das empresas de calçado com previsão de suspensão de atividade nos próximos seis meses, apesar da ligeira recuperação verificada ao longo dos últimos meses. As empresas aguardam, assim, uma retoma das suas atividades o mais rapidamente possível, de forma a minimizar prejuízos.

Com uma exportação de cerca de 95% da sua produção para o resto do mundo, a indústria portuguesa de calçado procura os primeiros sinais de retoma, uma vez que 40% das empresas do setor apontam uma previsão de suspensão de atividade ao longo dos próximos seis meses.

Em termos de encomendas, cerca de 39% das empresas referida indica ter pedidos para, no mínimo, dois meses de trabalho e 19% para mais três meses. As dificuldades ao nível do abastecimento de matérias primas seguem a tendência da redução das encomendas internacionais, uma das maiores preocupações das empresas.

Relativamente aos apoios, 51% das empresas estão a ponderar a utilização dos mesmos na formação, com 22% a indicarem que os irão utilizar no mecanismo de retoma progressiva. 

De acordo com a Associação Portuguesa Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos, os indicadores continuam negativos para os próximos meses, perspetivando-se um ano muito “exigente”. No Boletim Trimestral de Conjuntura, editado pela associação há 20 anos, é referido que a terceira vaga pandémica “não deu esperança às empresas para uma alteração significativa nas tendências que marcaram o ano transato”.

Os dados deste estudo foram apresentados na última edição do inquérito Covid-19 da Apiccaps, que contou com a participação de 81 empresas representantes de 18,4% do emprego e 23,1% das exportações deste setor.