Home / Empresas / “Esperamos encontrar empresas inovadoras, modelos inspiradores e criadores de novas soluções” – Rosário Marques
rosário marques pme magazine
Rosário Marques, presidente da CCLC

“Esperamos encontrar empresas inovadoras, modelos inspiradores e criadores de novas soluções” – Rosário Marques

Em entrevista à PME Magazine, Rosário Marques, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana fala sobre o que espera das empresas que irão participar nos  Business Excellence Forum & Awards – BEFA e as iniciativas promovidas pela Câmara para dinamização e visibilidade das empresas e empresários em Portugal e na Colômbia.

PME Magazine: Porquê que se associaram aos Business Excellence Forum & Awards?

Rosário Marques: É com um enorme prazer e honra que a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana se associa a eventos que promovam e premeiam as empresas portuguesas e seus empresários. É de extrema importância dar a conhecer o que de melhor se faz em Portugal e mostrar ao público esse reconhecimento.

PME Mag.: O que espera encontrar nas empresas participantes?

R. M.: Esperamos encontrar empresas inovadoras, modelos inspiradores e criadores de novas soluções para o tecido empresarial português.

PME Mag.: Em que sentido estas iniciativas de reconhecimento estimulam o crescimento das PME?  

R.M.: Acreditamos que este tipo de iniciativas são uma mais valia extremamente importante que se reflecte no posicionamento das empresas no mercado e no fortalecimento da sua imagem perante os seus clientes e parceiros de negócios, acabando por contribuir para o desenvolvimento das mesmas.

PME Mag.: Concordam de que é necessário haver mais apoio e reconhecimento para as pequenas e médias empresas?

R. M.: Sem dúvida. As PME são o grosso do tecido empresarial português e sobre as quais se sustenta a maior parte da economia nacional. Quanto mais as PME crescerem, se desenvolverem, obterem reconhecimento e notoriedade maior será o retorno financeiro para a nossa economia.

PME Mag.: As Câmaras de Comércio devem ter uma presença mais ativa na vida das PME?

R.M.: Claro que sim e todos os dias trabalhamos nesse sentido. O conhecimento que as Câmaras de Comércio têm nos mercados onde operam, quer a nível empresarial, fiscal, legal, etc, são facilitadoras em aspectos que os empresários desconhecem e que são fundamentais, principalmente num processo de internacionalização.

Podem lhes fornecer um aconselhamento estratégico nas suas apostas comerciais, uma vez que conhecem a realidade dos países em causa e as suas necessidades, e o contacto com outros parceiros que de outra forma, na maioria das vezes, é muito complicado de obter.

PME Mag.: Quais as iniciativas promovidas pela Câmara de Comércio Luso Colombinana nas comunidades empresariais portuguesas nos países que representam?

R.M.: A CCILC desenvolve variadas iniciativas quer na Colômbia quer em Portugal para empresários colombianos. Promovemos atividades a um nº de pessoas mais alargado como o caso da realização de conferências, feiras, seminários, congressos, nos quais se divulga as potencialidades e as características dos países e se permite fomentar o contacto entre os empresários presentes.

Como foi o caso agora da presença na ExpoCamacol, em Medellín. A maior feira do setor da construção da América Latina, em que Portugal foi o país convidado através da Câmara, e na qual estivemos presentes com uma comitiva de varios empresários portugueses.

Realizamos missões empresariais de empresários portugueses à Colômbia e empresários colombianos a Portugal, organizamos reuniões de negócios e de agendas de acordo com os objectivos de cada empresário de modo a potenciar ao máximo a sua visita aos parceiros estratégicos, maximizando os seus tempos de viagem.

PME Mag.: Quais as medidas de incentivo que devem ser aplicadas as PME?

R. M.: Em termos de medidas no mercado nacional, consideramos de extrema importância uma maior facilitação na obtenção de liquidez, seja pela obtenção de crédito seja pela redução dos custos, como por exemplo, a implementação da medida do IVA de caixa, matéria que muitas vezes é o suficiente para estrangular uma micro ou PME.

Em termos de mercados globais, o incentivo deveria se focar em promover e facilitar a internacionalização das empresas, procurando obter (através de acordos bilaterais ou outra forma de negociação) uma maior abertura dos mercados estrangeiros, diminuindo alguma da burocracia e taxação excessiva, que muitas vezes “mata” os processos na sua origem, tal é o seu peso.

PME Mag.: As Câmaras de Comércio promovem o investimento e oportunidades de negócio entre países. O que é necessário para que haja boas práticas empresariais entre as empresas portuguesas e o país representado pela Câmara?

R. M.: O essencial é que as empresas portuguesas conheçam como o mercado e os empresários colombianos funcionam e trabalham, são culturas bastantes diferentes e o desconhecimento de aspectos tão simples como a cordialidade do cumprimento podem ser prejudiciais.

Devem conhecer a sua cultura, os aspectos principais das cidades/zonas onde querem investir, estudarem bem que possíveis parceiros existem e que potenciais concorrentes, assegurar que têm algum/médio conhecimento da língua falada e escrita, terem a noção da dimensão do país e da distância de Portugal, entre outros aspectos.