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Biocombustíveis refletem-se no preço da gasolina e gasóleo

Incorporação de biocombustíveis aumenta em janeiro

O governo obriga as empresas petrolíferas a incorporar nos produtos que colocam em mercado 7,5% de biocombustíveis (medidos em conteúdo energético). A partir de Janeiro, esta percentagem irá subir para 9%, voltando a subir em 2019 para 10%, em antecipação da meta europeia de 10% em 2020, traduzindo-se no aumento dos combustíveis.

O presidente da Apetro – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, António Comprido, que está contra esta medida do governo, reconhece que a subida dos objectivos de incorporação de biocombustíveis deverá traduzir-se num “agravamento de entre 1,5 a 2 cêntimos no preço do litro de gasóleo”, adiantou o responsável.

Afirma ainda que “ou se revêm as metas para a introdução de biocombustível, como se fez em Espanha, ou não há dúvidas de que os preços ao consumidor vão mesmo aumentar” em declarações à estação pública RTP.

Atualmente, os biocombustíveis pesam cerca de 5 cêntimos (com IVA) no litro de gasóleo, enquanto em Espanha cerca de três cêntimos. O impacto desta medida no preço final será sempre “mais relevante no gasóleo”, explicou o presidente da Apetro.

No preço da gasolina, o peso da incorporação, é menor, de um cêntimo por litro, porque, ou por questões técnicas ou por opções de estratégia comercial, as empresas imputam a maioria do custo da adição de biocombustíveis ao gasóleo (a meta de 7,5% é para o conjunto dos produtos e só a gasolina tem um limite mínimo fixado, de 2,5%).