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Governo estuda linha de crédito para salários em atraso em Angola

Secretário de Estado da Internacionalização está em Luanda e já reuniu com empresários portugueses.

 

O secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, anunciou, esta sexta-feira, que o Governo está a estudar o lançamento de uma linha de crédito que permita regularizar os 160 milhões de euros de salários que trabalhadores portugueses em Angola não conseguem repatriar.

Numa visita a empresas portuguesas em Angola, o secretário de Estado disse que a linha de crédito poderá ser lançada ainda este ano, com eventual recurso ao Tesouro português, dando prioridade aos salários dos expatriados nacionais por transferir para Portugal “há vários meses”, devido à escassez de divisas em Angola.

“Os nossos cálculos preliminares apontam para 160 milhões de euros, só de [salários de] trabalhadores, mas que nós julgamos que deve ser dado tratamento preferencial, uma vez que há aqui problemas gravíssimos de gestão de orçamentos familiares que estão em causa. Até porque em muitos casos são pagamentos em atraso [transferências de divisas dos valores recebidos em moeda nacional] desde Novembro do ano passado”, disse o governante.

Segundo Jorge Costa Oliveira, falta estudar o mecanismo de compensação entre o Tesouro português e o governo angolano.

O secretário de Estado, que reuniu com empresários nacionais em Luanda bem como com membros do executivo angolano, reconheceu que as empresas “precisam dessa estabilidade” de forma a “manter a qualidade dos níveis de operação”.