Home / Empresas / Ambiente / Governo limita uso das barragens para eletricidade por seca severa
seca severa
O ano de 2022 está previsto ser um ano de seca (Foto: Pexels)

Governo limita uso das barragens para eletricidade por seca severa

Um terço de Portugal encontra-se numa situação de seca severa, razão pela qual o governo deu ordem à EDP (Energias de Portugal) para parar a produção de várias barragens. Esta medida foi tomada na reunião da Comissão Permanente da Seca, avança João Pedro Matos Fernandes, ministro do ambiente e ação climática.

“Para as barragens que já têm níveis e volumes de água armazenados claramente abaixo da média e que são utilizados para a produção de eletricidade, fixámos cotas mínimas para o volume de água necessário. Essas cotas mínimas são sempre fixadas em ordem àquele que é o uso principal da água: o consumo humano”, afirmou o ministro do ambiente e ação climática, garantindo que existirá “água para o consumo humano para dois anos”.

João Pedro Matos Fernandes sublinhou ainda que, segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), existe “80% de probabilidade” de 2022 ser um ano de seca.

De acordo com Maria do Céu Antunes, ministra da agricultura, o Governo já entrou em contacto com a Comissão Europeia para fazer um reforço e simplificação dos adiantamentos de apoios aos agricultores para os ajudar perante esta situação.

As barragens do Alto Lindoso e Touvedo no distrito de Viana do Castelo, Cabril no distrito de Castelo Branco e, por último, a barragem de Castelo de Bode, no distrito de Santarém, serão usadas, aproximadamente, duas horas por semana, apenas para produzirem eletricidade, garantindo “valores mínimos para a manutenção do sistema”.

De acordo com o IPMA, não há previsões que chova o suficiente nos próximos tempos para inverter a seca em que o país se encontra.