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Empresas não cumprem lei que define distribuição de cargos por ambos os sexos (Foto: Pixabay)

Homens continuam na liderança de cargos de topo, diz estudo

Cerca de 85% dos principais cargos de administração e fiscalização das empresas portuguesas são ocupados por homens. Tendência tem vindo a diminuir, embora a remuneração fixa dos homens se mantenha superior à das mulheres.

O estudo sobre a remuneração dos executivos de topo, realizado pela consultora Mercer a 55 empresas portuguesas, mostra que “as mulheres continuam sub-representadas nos papéis de liderança, demonstrando o desalinhamento existente na proporção entre homens e mulheres nomeados para estes cargos”.

Os resultados da análise apontam para uma divergência de remuneração fixa entre homens e mulheres em mais de 20%. No caso de ser contabilizada a remuneração variável, este intervalo aumenta para 30%.

Entre todas as empresas estudadas, a consultora verificou que algumas não incluem membros de ambos os sexos nos órgãos de administração e fiscalização. Isto significa que não estão em cumprimento da lei 62/2017, que define a proporção de pessoas de cada sexo em razão das suas capacidades, qualificações e experiência em todas as empresas públicas ou cotadas em bolsa, não podendo ser inferior a 33,3%.

O estudo mostra ainda que, ao nível da remuneração fixa, o rácio médio entre o presidente executivo e a média dos colaboradores da empresa é de dez vezes.

Por outro lado, são os principais cargos executivos que apresentam uma remuneração variável anual na ordem dos 45%, em contraste com os restantes colaboradores, cujo valor não ultrapassa os 13% da respetiva remuneração fixa.