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Hilti Portugal não cessou atividade durante a pandemia (Foto: Divulgação)

“É importante compreender o impacto desta segunda vaga” – Francesco Bandini

Por: Ana Rita Justo

A Hilti Portugal é uma das filiais do grupo Hilti, neste momento mais focada no desenvolvimento de talentos para serem potenciados noutras geografias onde a multinacional atua. Diretor-geral desde janeiro de 2019, o italiano Francesco Bandini falou à PME Magazine sobre os desafios do mercado português e da adaptação aos tempos de pandemia e da decisão de não recorrer ao lay-off em prol do bem-estar dos colaboradores.

PME Magazine – Que peso tem a operação em Portugal dentro do grupo Hilti e qual o posicionamento estratégico no mercado português? 

Francesco Bandini – A operação portuguesa é muito importante para o grupo Hilti, pelo papel que temos de desenvolvimento de talentos pelo grupo. Ainda que a operação portuguesa seja uma parte pequena de uma multinacional como a Hilti, nos últimos 15 anos, a Hilti Portugal encontrou este papel que é reconhecido em todo o grupo de um lugar onde podemos desenvolver talentos portugueses para funções globais em diferentes partes do mundo. Neste momento, temos nove pessoas em funções muito elevadas, executivos na nossa sede central no Liechtenstein, na América Latina, no Reino Unido e na África do Sul. Se tiver de dizer qual é o papel mais visível dentro do grupo Hilti da Hilti Portugal é este. Em termos de faturação, representamos menos de 5%. 

PME Mag. – Quantos trabalhadores têm? 

F. B. – Temos 105. Esta é uma empresa completa, a única coisa que não temos, em comparação com uma organização maior, como a Hilti Itália, é a parte de logística e reparações, que partilhamos com Espanha. De resto, a Hilti Portugal é uma empresa que tem todas as funções: desde engenharia, a vendas, marketing, a parte digital, os canais de apoio ao cliente e a nossa rede de lojas para profissionais em todo o país. A estrutura é idêntica à de uma empresa com cinco mil pessoas noutro país, a única coisa que não temos é a parte de reparação e logística. 

PME Mag.  A operação no mercado português é mais vincada no Norte do que no resto do país? 

F. B. – A empresa nasceu e tem sede no Porto, é onde, até há cinco seis anos, a maioria das grandes empresas da construção estavam. Já há alguns anos que estamos a tentar balançar esta presença mais para Lisboa. Em termos de faturação, no geral, o Norte representa mais 5% do que o Sul, porque, nos últimos anos, Lisboa e o Algarve tiveram muitas obras relevantes. Se há 15 anos o Norte representava 70% faturação da empresa agora é no mínimo 55% no Norte e 45% no Sul.

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