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Empresas resilientes resistem à mudança

Insolvências descem em quase todo o mundo

Apesar do fraco crescimento económico a nível global, as insolvências de empresas mantêm a tendência de descida, com o ano de 2016 a registar valores historicamente baixos em algumas das maiores economias, de acordo com o primeiro Global Bankruptcy Report de 2017, que a Dun & Bradstreet Worldwide Network acabou de publicar.

Entre os 38 países incluídos na análise, 26 registaram quedas nas insolvências face ao ano anterior (2015), 2 mantêm os valores e 10 aumentam.

Este cenário de fraco crescimento económico mas com empresas resilientes resulta, por um lado, da severidade da última crise financeira e, por outro, de taxas de juros muito baixas e políticas monetárias expansionistas na maior parte dos países desenvolvidos. Ainda em 2016, a Dun & Bradstreet Worldwide Network apontava a quebra nas taxas de juro, os valores de inflação muito baixos e a redução nos preços da energia como as principais causas da redução das insolvências nas empresas nos últimos anos.

Em 2016 a queda das insolvências é mais notória nos países desenvolvidos, embora a tendência seja também evidente nos países em desenvolvimento, entre os quais foram basta

 

Portugal entre os países com maior redução nas insolvências

Em Portugal, os processos de insolvência estão a em queda continuada desde 2013, após um pico de quase 6 mil novos casos em 2012. Em 2016, a queda nos processos de insolvência voltou a acentuar-se, com menos 23% de novos processos, queda que mantém o mesmo valor (-23%) no primeiro trimestre de 2017 face ao período homólogo.

Na Europa, 16 dos 23 países que compõem a amostra viram uma diminuição das insolvências. Entre as grandes economias europeias, apenas o Reino Unido registou um crescimento das insolvências em 2016 (+10,1%). No entanto, o país regista um dos crescimentos mais saudáveis na Europa, ajudado por uma política monetária fortemente expansionista e por mais um corte nas taxas de juro em Agosto de 2016, que tem mantido condições favoráveis ao refinanciamento das empresas – isto enquanto não são ainda visíveis consequências concretas do Brexit ao nível das transações comerciais e da livre circulação de pessoas e capitais.

Na Ásia-Oceânia, 9 em 11 países registaram uma queda nas insolvências, incluindo a China, a maior economia da região e um motor de crescimento global. No Japão, as insolvências desceram 4,2%, atingindo um novo recorde histórico.

Nos Estados Unidos, as insolvências recuaram 2,3%, bastante menos do que os 10,7% registados no último relatório da D&B.