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OCDE recomenda o levantamento progressivo das medidas de apoio assim que a recuperação estiver bem encaminhada (Foto: Pixabay)

Investimento imobiliário aumenta 57% no segundo semestre do ano

De acordo com as estimativas da consultora JLL, o investimento imobiliário no segundo trimestre de 2021 vai superar em 57% o primeiro trimestre do ano. Prevê-se que haja uma aceleração na ocupação, investimento e vendas nos vários segmentos do mercado.

A consultora JLL, especialista em imobiliário e gestão de investimento, antecipa que o mercado imobiliário sofra uma aceleração na ocupação, investimento e vendas. Para o CEO da JLL, Pedro Lancastre, “o mercado reúne todas as condições para retomar os níveis de atividade superiores aos registados nos últimos meses até ao final do ano e para ganhar robustez ao longo de 2022”.

O responsável explica que “existe procura real para os escritórios e habitação, e no que respeita ao investimento, Portugal está muito bem posicionado para disputar a elevada liquidez disponível a nível internacional”, reforçando a ideia de “que o nosso mercado não perdeu atratividade para a procura estrangeira. Não temos dúvida de que a atividade vai acelerar em todas as frentes na segunda metade do ano”.

A nível do investimento, a consultora destaca os escritórios “como os principais focos dos investidores”, mas nota-se “um crescente interesse pelo retalho alimentar e pelos segmentos alternativos como as residências de estudantes e seniores ou a habitação para arrendamento”.

Em comunicado, a JLL destaca que no primeiro semestre de 2021 contabilizaram-se 575 milhões de euros de investimento, tendo a consultora “uma quota de mercado de 60%”. De acordo com as estimativas, prevê-se que o investimento total seja superior aos 2,5 mil milhões de euros.

De salientar que este semestre ficou marcado pela entrada de novos players internacionais e pela “crescente atividade dos investidores nacionais institucionais e também dos privados”.

Espera-se, também, uma regeneração e “um dinamismo no futuro” na ocupação de escritórios, uma vez que “o take-up deverá ser impulsionado na segunda metade do ano”. Este crescimento justifica-se pela “reestruturação deste setor com os escritórios a serem encarados mais como espaços de colaboração e socialização do que meros espaços de trabalho, centrados no bem-estar dos seus colaboradores”.

Verifica-se, ainda, um aumento na procura de habitação, especialmente fora dos centros da cidade, como são o caso de Oeiras, Cascais, Matosinhos e Leça. Adicionalmente, com o final do programa dos Vistos Gold, as vendas a estrangeiros estão mais diversificadas, destacando-se os comprados do Brasil, França e Estados Unidos. Segundo a nota de imprensa, existe uma “grande resiliência nos preços da habitação em produto novo”, que se justifica “pelo número de pré-vendas, superior a 50%”.