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Fã da Islândia assiste ao UEFA WOMEN´S EURO 2017 (FOTO: PIXABAY)

Islândia é o primeiro país a tornar ilegal a diferença salarial

Desde o início do ano entrou em vigor uma lei que torna ilegal pagar mais a homens do que as mulheres no país. A Islândia torna-se assim o primeiro país no mundo a tornar a igualdade salarial obrigatória. A ilha nórdica pretende erradicar as disparidades salariais entre homens e mulheres até 2022.

 

A medida será aplicada tanto nos órgãos governamentais como nas empresas do setor privado com mais de 25 funcionários. Todos terão de obter uma certificação especial do governo garantindo que aplicam políticas de igualdade salarial. Se não conseguirem a certificação, serão autuados.

Ao anunciar a medida em março de 2017, o ministro da Igualdade e Assuntos Sociais da Islândia, Thorsteinn Viglundsson, defendeu que “direitos iguais são direitos humanos. Precisamos garantir que homens e mulheres desfrutem da igualdade de oportunidades no local de trabalho. É nossa responsabilidade tomar todas as medidas para conseguir isso”, afirmou na ocasião.

A lei recebeu apoio de todos os partidos políticos no país. Na Islândia, quase metade dos membros do Congresso são mulheres.

A Islândia é líder no poder político feminino e na luta constante pela igualdade salarial. Em 2017, pela nona vez, o país ocupou o primeiro lugar no Índice Global Gender Gap do Fórum Económico Mundial, que classifica 144 nações com base em quão perto estão de alcançar a igualdade de género. Segundo o último relatório, a Islândia já havia fechado 87% das lacunas de diferença de género, levando os conceitos de Diversidade muito a sério.

 

Países com maior igualdade de género no mundo

Segundo o relatório de 2017, a Islândia já fechou 87% das lacunas de diferença de género. A Europa Ocidental, de forma geral, segue como a região com o melhor desempenho. No outro extremo do ranking está o Oriente Médio e o Norte de África.

A nível mundial, não revela boas notícias: a desigualdade aumentou em 2017 (pela primeira vez desde que o documento anual começou a ser publicado, em 2006). A distância média da paridade de género no mundo é agora de 32%, antes 31,7% no ano passado. O relatório mede a igualdade entre homens e mulheres em quatro áreas-chave: saúde, educação, economia e política.

O top 10 deste ano não conta com novas figuras, apenas mudanças de posição. Noruega e Finlândia, por exemplo, trocaram os lugares entre si, enquanto a Nicarágua passou do 10º ao sexto lugar. O país latino-americano alcançou a igualdade de género em cargos ministeriais pela primeira vez em três anos, e também tem a quinta maior participação de parlamentares mulheres do mundo: 46%.

Segundo o relatório, demorará 100 anos para reduzir a diferença geral de género em todos os países do ranking. No ano passado, a expectativa era de 83 anos. Se concentrando apenas no fosso económico existente entre homens e mulheres, a previsão é ainda pior: só haverá igualdade em 217 anos.