As taxas de juro das dívidas na zona euro estão a aumentar e o último empréstimo português aos mercados já custa mais 80 milhões de euros do que custaria em janeiro.
Segundo o jornal Público, o último empréstimo ao Estado vai custar cerca de 80 milhões de euros a mais do que custaria se a negociação tivesse ocorrido no passado mês de janeiro. Neste momento, os juros da dívida permanecem ainda em valores baixos cerca de 0,590% correspondendo a um novo máximo (sendo que, a 15 de junho de 2020, estes valores encontravam-se a 0,602%), como mostra a última emissão de Obrigações do Tesouro.
O Tesouro pediu cerca de 551 milhões de euros para devolver a 10 anos e mais 699 milhões de euros a 15 anos. Em janeiro, se a operação tivesse avançado, as taxas suportadas seriam cinco décimas mais baixas.
Seguindo o mesmo sentido, os juros da dívida a cinco e a dois anos subiram cerca de -0,164% e -0,510%, respetivamente, sendo que a 15 dezembro de 2020 tinham registado o atual mínimo de sempre de -0,506% e -0.740%, pela mesma ordem.
O jornal destaca ainda que esta subida é resultante da expectativa de regresso da inflação. Como os preços estão a subir nos EUA e há sinais de retoma em vários países, leva a crer aos mercados que o Banco Central Europeu (BCE) acabe mais cedo com os estímulos à economia portuguesa.
Os valores relativos a Portugal encontram-se alinhados com aqueles registados em Espanha, Itália e na Irlanda.