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O estudo da Expense Reduction Analysts incidiu sobre 87 participantes e decorreu durante o mês de maio (Foto: Divulgação)

Pandemia afetou o comportamento de compra das empresas

De acordo com o estudo da Expense Reduction Analysts cerca de 51% das empresas portuguesas afirma que a pandemia alterou o seu comportamento de compra e 60% revela não considerar mudar para fornecedores locais.

Não é novidade que a pandemia veio alterar hábitos de consumo e, não sendo exceção, o mesmo se sentiu no comportamento de compra das empresas B2B. Segundo o estudo da Expense Reduction Analysts, cerca de 50% dos gestores afirma que um dos resultados da pandemia foi uma alteração de “postura face a compras tradicionais”. Simultaneamente, cerca de 60% das empresas “continua a não considerar mudar para fornecedores locais”.

A investigação da consultora global em otimização de custos e gestão de compras, que envolveu mais de 87 gestores, tinha como finalidade “perceber de que forma os constrangimentos na cadeia de abastecimento e a incerteza que caracteriza a economia mundial afetaram o comportamento de compra B2B das empresas portuguesas”.

Tendo em conta as conclusões do estudo, as opiniões dos gestores quanto às alterações do comportamento de compra estão divididas, pois 51% das empresas participantes “afirma que a pandemia afetou o seu ciclo de compra, a outra parte afirma que o contexto não teve influência”.

Ainda assim, 78% dos gestores concordam que dedicaram tempo “a avaliar diferentes opções, analisando diferentes aspetos, nomeadamente quando se trata de investimentos de grande valor, e três em cada dez afirmam que a duração do ciclo de compra aumentou desde o início da pandemia”.

No que respeita às fontes, mais de dois terços das empresas dizem que antes de comprarem produtos procuram informações, sendo que para 80% dos gestores a experiência prévia acaba por ser um dos fatores determinantes para aquisição do mesmo.

Para 70% das organizações, “conhecimento profundo da solução e do contexto empresarial”, é necessário no momento de escolha do fornecedor. Sobre o produto, 65% dos executivos diz que o foco “são as características e funcionalidades do produto/serviço, sendo que dois em cada dez gestores indicam que o preço é o fator que mais valorizam”.

Em nota de imprensa, destaca-se ainda o facto da maioria das empresas admitir que presta “atenção às referências de clientes e às redes sociais”. Quanto à duração do ciclo de compra, o estudo concluiu que 41% das empresas não alterou o seu tempo, ainda assim, 40% diz ter aumentado para mais de 10%.