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Pandemia e alterações climáticas obrigam empresas a fazer transição energética (Foto: Unsplash)

Pandemia obriga aceleração na transição energética

De acordo com os dados recolhidos pela Arval Mobility Observatory, no relatório da 17ª edição do barómetro automóvel e de mobilidade 2021, a pandemia acelerou a transição energética. As empresas justificam esta transformação como resultado das alterações climáticas.

Os mais recentes dados provenientes do estudo conduzido pela Arval Mobility Observatory, em parceria com os especialistas da Kantar, mostram que “a estimativa para os próximos três anos é que 76% de empresas portuguesas já utilizem novas tecnologias, numa forte tendência de crescimento”. O que significa que “os gestores das empresas portuguesas antecipam uma aceleração significa na transição energética das suas frotas”.

Os dados recolhidos sugerem que “no início de 2021 apenas 28% das empresas nacionais utilizam viaturas com novas tecnologias, bem atrás da média europeia que é de 42%”. Estas estatísticas estão previstas mudar nos próximos três anos.

A maior justificação para a urgência na mudança vem no sentido de reduzir o impacto ambiental, ou seja, o maior desafio e mudança que as empresas irão enfrentar é iniciar a transição energética das suas frotas.

Este passo trará um impacto significativo na redução de custos de combustíveis e no acesso a incentivos fiscais. Para além disso, constata-se que cerca de “45% dos gestores nacionais veem esta mudança como forma de melhorarem a imagem da empresa e pelo cumprimento das suas políticas de responsabilidade social”. Consequentemente, cerca de 42% dos gestores “antecipa uma preocupação com acesso a zonas de emissões reduzidas ou de circulação restrita”.

O relatório conclui ainda que “no mercado nacional, 22% das empresas já têm instalados carregadores elétricos para as suas viaturas”, no entanto, cerca de 71% dos inquiridos “considera instalar carregadores nas suas empresas ainda em 2021”.

Gonçalo Cruz, o Head of Consulting & Arval Mobility Observatory, confirma que a investigação “traz-nos claros indicadores de uma vontade por parte dos gestores portugueses em iniciar ou continuar a sua transformação na eletrificação”. Destaca ainda a necessidade de o fazerem devido às “preocupações ambientais com reflexo nas alterações climáticas e a redução dos custos com o automóvel”.

Relativamente a questões mais práticas e do quotidiano, as empresas portuguesas que ainda não utilizam viaturas elétricas, justificam tal ação com base na escassez de pontos de carregamento público, impossibilidade de carregamento no escritório, falta de carregamento em casa do colaborador e, ainda, devido ao preço elevado das viaturas.

Mesmo assim, Gonçalo Cruz destaca um facto proeminente durante o estudo: “assistimos a um aumento de procura de soluções de carregamento já em 2021 uma vez que, mesmo as PME de menos dimensão e que até agora eram mais conservadoras no uso de novas tecnologias, demonstraram agora uma intenção de procurar viaturas híbridas plug-in e 100% elétricas”.