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Por: Maria Carvalhosa
A Comissão Europeia considerou, esta segunda-feira, que Portugal continua a vivenciar desequilíbrios macroeconómicos, causados, sobretudo, pelos elevados níveis de dívida pública, privada e externa.
A análise do executivo comunitário foi publicada no quadro do “pacote da primavera” do semestre europeu de coordenação de políticas económicas e orçamentais, e resulta da “análise aprofundada” que Bruxelas decidiu, no outono passado, fazer a um conjunto alargado de 12 países, nos quais identificou desequilíbrios.
A Comissão concluiu que, dos 12 países alvo de análise aprofundada, 10 continuam a apresentar desequilíbrios, mantendo Chipre, Grécia e Itália num grupo que provoca maior inquietação, por apresentarem “desequilíbrios excessivos”. Portugal continua, com outros seis países (Alemanha, França, Espanha, País Baixos, Roménia e Suécia) num lote de Estados-membros nos quais Bruxelas identifica simplesmente “desequilíbrios”.
Quanto a Portugal, o executivo comunitário refere que “as vulnerabilidades estão relacionadas com uma elevada dívida privada, pública e externa, num contexto de baixo crescimento da produtividade”, salientando que, “após uma inversão temporária em 2020 devido à crise da Covid-19, essas vulnerabilidades retomaram a sua trajetória descendente em 2021”, mas “continuam acima dos níveis pré-pandemia”.
