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Portugal Indicadores de Transição Circular
Ferramenta surge para apoiar a ecologia e circularidade em Portugal (Foto: Pixabay)

Portugal lança Indicadores de Transição Circular

Portugal lançou hoje a sua versão dos “Indicadores de Transição Circular V2.0”, uma ferramenta desenvolvida pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e que agora será dedicada à circularidade das empresas portuguesas, apresentando casos de estudo como Galp, Efacec e Lipor.

Portugal lança, assim, a sua versão do BCSD, uma ferramenta portuguesa para os “Indicadores de Transição Circular V2.0”. A decisão surge na sequência da intenção manifestada pelas empresas portuguesas em tornarem-se mais circulares, numa altura em que se estima que apenas 8,6% da economia mundial seja circular, com apenas 12% dos materiais e dos recursos secundários a serem reintroduzidos na economia europeia.

Com esta nova ferramenta, as empresas vão ter a possibilidade de fazer testes que lhes irão permitir perceber quanto dos seus negócios e processos de produção podem ser desenvolvidos com base numa lógica económica de circularidade.

A versão portuguesa desta ferramenta é feita com base na mesma que é desenvolvida pelo WBCSD e por 30 empresas-membro, sendo aplicada a Portugal com o apoio de casos de estudo como Galp, Efacec e Lipor, empresas que participaram no projeto de aplicação da ferramenta online CTI Tool.

João Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, sublinha o valor desta ferramenta, que pode “proporcionar às empresas um meio para realizarem a autoavaliação, a monitorização e a comunicação do seu desempenho circular de uma forma estruturada e eficaz”, referindo ainda o passo importante que esta vem constituir para a neutralidade carbónica e eficiência de recursos em Portugal.

A nova versão desta ferramenta, agora lançada, engloba indicadores dedicados à circularidade da água, desempenho financeiro e orientações para a bioeconomia. Num comunicado da BCSD Portugal, a nova versão da ferramenta é diferenciada por ser feita por e para empresas, de fora a ajudá-las a “medir o seu grau de circularidade, definir objetivos de melhoria e monitorizar o seu desempenho circular”.

No mesmo comunicado, a Organização refere ainda que esta ferramenta se aplica a todos os setores de atividade, tendo sido desenvolvida para “complementar os esforços já desenvolvidos pelas empresas no domínio da sustentabilidade”.

De referir que este projeto está englobado no novo Plano de Ação para a Economia Circular, desenvolvido em 2020 pela Comissão Europeia, estando baseado no Pacto Ecológico Europeu.