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O setor têxtil tem menos encomendas devido à subida dos custos de produção (Fonte: Pexels)

Setor têxtil com menos encomendas e menos margem de lucro

Por: Martim Gaspar

O mais recente inquérito por parte da Associação têxtil e vestuário de Portugal (ATP) revela uma situação muito difícil para as empresas do setor, que pode pôr em causa a sua sobrevivência. Devido à subida da inflação e o aumento do custo de produção, em grande parte devido à crise energética, quase dois terços das empresas apresentam uma menor quantidade de encomendas no último trimestre do ano quando comparado com o período homólogo do ano passado.

Além disso, metade das empresas estão com quebras no volume de negócios e 80% cortaram nas margens de lucro, de forma a fazer face ao aumento da inflação e aos custos de produção

No entanto, o presidente da ATP, Mário Jorge Machado, mostra alguma animação com a recente descida dos preços do gás, que passaram dos 100 para os 40 euros megawatt-hora. Apesar de considerar o período atual de “extrema volatilidade” e o facto de a situação poder mudar a qualquer momento, o responsável considera que “há aqui já sinais positivos de que o grande medo da falta de gás se começa a desvanecer”.

A situação não afeta todas as empresas da mesma forma, sendo que alguns dos inquiridos registaram subidas na quantidade de encomendas neste último trimestre quando comparados com o ano passado. Porém, as empresas menos afetadas tendem a estar mais ligadas ao luxo, enquanto as empresas ligadas a produtos como os têxteis-lar têm sofrido maior impacto da crise energética.