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Festival decorre no Pavilhão de Portugal, em Lisboa (Foto: Divulgação)

Se procura trabalho em tecnológicas, este festival é para si

O Landing.careers Festival está de volta a Lisboa para a sua terceira edição, que se realiza esta sexta-feira e sábado, no Pavilhão de Portugal. O evento pretende, como tem sido feito até agora, dedicar-se às carreiras em tecnologia, setor com crescente procura em termos de recursos humanos. Pedro Oliveira, co-fundador do festival, contou à PME Magazine o que esperar do evento.

Por: Ana Rita Justo

 

PME Magazine – O que podem os participantes esperar da 3.ª edição do Landing.careers Festival?

Pedro Oliveira – Todos os participantes seleccionados para marcar presença no Landing.careers Festival podem esperar dois dias de muita aprendizagem, novos e interessantes contactos com as 60 equipas de engenharia presentes no Pavilhão de Portugal, workshops, sessões ao vivo, em pequenos grupos ou individuais, com experts nacionais e internacionais em carreiras e tecnologia, um hackathon de 24 horas patrocinado pela Sky e com prémios em dinheiro no valor de seis mil euros, diversos painéis e talks para debater os mais diversos temas relacionados com futuro, tecnologia e carreiras e, como já é nossa imagem de marca: uma viagem de veleiro no Rio Tejo.

 

PME Mag. – Há muita procura de mão-de-obra nas TI, mas ainda há falta de pessoas formadas para preencher estas vagas, concorda?

P. O. – É verdade, as universidades em Portugal e na Europa não têm capacidade para formar um número adequado de profissionais de TI e esta situação tende a agravar-se, pois cada vez é maior o número de vagas de tecnologia.

Uma boa parte dos trabalhadores de TI são pessoas reconvertidas de outras áreas, caso contrário, o problema ainda seria mais agravado.

 

PME Mag. – Este evento pretende inverter essa tendência?

P. O. – O maior propósito do Landing.careers Festival é abrir a mente e alertar os profissionais de TI para a necessidade de pensarem nas suas carreiras a longo prazo, pois não faz sentido estarem a mudar constantemente de trabalho rumo ao infinito.

Acho que, como efeito colateral, o Landing.careers Festival também acaba por mostrar às restantes áreas a força que o mundo da tecnologia tem e ao mesmo tempo afirmar que existe muito espaço para os “reconvertidos” terem uma carreira de sucesso nas TI. Penso que deste modo, podemos pelo menos ajudar a reduzir a diferença entre a oferta de trabalho e o número de profissionais de tecnologia disponíveis no mercado.

 

PME Mag. – Por outro lado, começa já a assistir-se a uma nova vaga de portugueses emigrados que querem voltar para trabalhar nas TI. Há mercado para este tipo de trabalhadores?

P. O. – É verdade que existe muita predisposição para os portugueses emigrados quererem regressar à pátria e a recente vaga de empresas internacionais, como a Hostelworld no Porto, ou a Pipedrive e a Sky em Lisboa, abrirem empresas em solo nacional vem acentuar esse desejo.

E são principalmente estas empresas que estabelecem pólos tecnológicos em Portugal, que estão a fazer com que os profissionais de TI portugueses equacionem muito regressar ao mercado nacional. No entanto, existem diversas startups, como a Feedzai ou a Farfetch, que contam crescer fortemente as suas e equipas e também estão a contribuir para este regresso de profissionais de tecnologia portugueses emigrados.

Não é por acaso que um dos painéis que vai abrir o Landing.careers Festival, no dia 2 de junho, se irá focar precisamente neste tema.

 

PME Mag. – Lisboa é cada vez mais vista como uma boa cidade para investimentos tecnológicos. É isso que também pretendem mostrar com o festival?

P. O. – Apesar de não contarmos com apoio das autoridades locais, tanto eu como o outro co-fundador da Landing.jobs, o José Paiva, enquanto cidadãos e munícipes lisboetas, preocupamo-nos e procuramos ajudar sempre a cidade de Lisboa.

A título pessoal, gostava que um dia Lisboa se tornasse num pólo tecnológico de referência, quer na Europa, como no mundo. Essa acaba por ser também uma das missões da equipa da Landing.jobs, mas não apenas centrado em Lisboa, pois cidades como o Porto, Braga, Coimbra e Aveiro têm talento incrível e merecem e devem também ser equacionadas.

 

PME Mag. – Quais os próximos passos a dar nesta matéria?

P. O. – Primeiro, a Landing.jobs vai continuar a dar apoio a todas as empresas que queiram montar pólos tecnológicos em Portugal. Vamos ainda criar uma equipa dedicada a este tipo de processos, pois neste caso, Portugal está a competir com países como, por exemplo, a Bulgária, Estónia, Hungria e Espanha.

Acreditamos imenso no potencial do nosso país como local de excelência para viver e queremos que o mesmo aconteça ao nível de carreiras em TI. Queremos que Portugal seja uma referência para quem quer ser bem sucedido no mundo das TI.