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Norte-americanos foram os estrangeiros mais ativos (Foto: Unsplash)

Compra de habitação por estrangeiros em Lisboa atinge recorde de 923 milhões

Por: João Monteiro

Os estrangeiros adquiriram em 2021, um total de 1.767 imóveis residenciais na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa num montante total de 923,1 milhões de euros, contabilizando 83 nacionalidades estrangeiras compradoras.

Os dados revelados pela Confidencial Imobiliário registam uma atividade anual recorde, abrangendo transações de habitação concretizadas por particulares na ARU de Lisboa. O montante investido em 2021 fica mais de 20% acima do melhor ano de investimento estrangeiro, que tinha sido 2019, com 762 milhões de euros transacionados. Em número de imóveis, a evolução de 2021 face ao melhor ano foi de 6%, comparando-se igualmente a 2019, quando os estrangeiros adquiriram 1.673 imóveis residenciais.

O resultado de 2021 foi impulsionado pelo comportamento no segundo semestre, o que poderá ser explicado “não só pelo desconfinamento, mas também, provavelmente, devido à procura relacionada com vistos gold, cujas regras se viriam a alterar no início do ano em curso, com fortes restrições na elegibilidade da aquisição de imóveis em Lisboa”, sublinhou Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, citado em comunicado.

Segundo a consultora, os norte-americanos foram os estrangeiros mais ativos, investindo 134 milhões de euros em compras residenciais na ARU de Lisboa (quota de 15% no montante de investimento estrangeiro), seguidos pelos franceses, com 126,1 milhões de euros transacionados (quota de 14%), e pelos chineses, com 119,7 milhões de euros investidos (quota de 13%). Na quarta posição estão os britânicos, com 91,4 milhões de euros transacionados (quota de cerca de 10%), sendo o top 5 integrado ainda pelos brasileiros, que totalizaram um investimento na ordem dos 67,7 milhões de euros (quota de 7%).

Em 2021, os portugueses investiram 1.535 milhões de euros na aquisição de 4.354 imóveis na ARU de Lisboa, refletindo um aumento de 10% face a 2019, enquanto o número de imóveis é semelhante ao registado em 2019.