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OCDE recomenda o levantamento progressivo das medidas de apoio assim que a recuperação estiver bem encaminhada (Foto: Pixabay)

OCDE aconselha Portugal a usar o plano de recuperação pós-Covid-19 para reforçar crescimento

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aconselhou Portugal a manter o apoio da política orçamental até a recuperação estar numa fase avançada, para que esta seja mais sólida e resiliente.

Esta recomendação está presente num estudo sobre Portugal, divulgado esta sexta-feira pela OCDE, que recomenda também o levantamento progressivo das medidas de apoio assim que a recuperação estiver bem encaminhada, anunciando depois uma estratégia clara e credível para a consolidação orçamental a médio prazo.

A economia portuguesa está a recuperar bem da crise da pandemia devido à resposta política rápida e eficaz, e ao processo de vacinação, refere o relatório, acrescentando que, à medida que a recuperação avança, é importante prosseguir com os investimentos e as reformas estruturais que ajudam a melhorar as condições de vida, reforçar as finanças públicas e favorecer a trajetória de crescimento sustentável.

O mais recente estudo observa que, por meio do envelhecimento demográfico e pela consequente diminuição da população ativa, o crescimento futuro irá depender de ganhos de produtividade. Por isso, Portugal deveria aproveitar o seu Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela União Europeia, para acelerar a transição ecológica e digital, concentrando-se nos projetos com maior impacto económico e social.

“Portugal está a recuperar rapidamente de um choque económico profundo, e a previsão é de que essa recuperação irá continuar. Será fundamental otimizar a intensidade e a qualidade da recuperação, através de uma maior produtividade e acelerando as transições digital e verde. O Plano de Recuperação e Resiliência constitui uma oportunidade para atingir esse objetivo, pelo que deverá ser implementado de forma rápida e eficiente”, afirmou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.

Os indicadores compósitos da OCDE continuam a sugerir que o crescimento económico da organização como um todo pode atingir um pico nos próximos meses, segundo o anunciado esta sexta-feira. No comunicado, a OCDE refere que os últimos indicadores compósitos avançados reafirmam a avaliação do mês passado.

A OCDE adverte que os indicadores devem ser interpretados com cuidado e que a magnitude dos mesmos deve ser considerada como uma indicação da força do sinal e não uma medida precisa do crescimento previsto para a atividade económica, de acordo com a RTP Notícias.

A OCDE considera que existe margem para aumentar os impostos sobre os imóveis e sobre as heranças. Para além destes impostos, a organização também afirma que os impostos sobre as fontes de poluição também podem ser aumentados para refletir o seu impacto negativo no ambiente.