PIB cresce mais uma décima do que o esperado em 2021

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,9% em 2021, uma décima a mais do que o esperado pelo Governo, pelas instituições nacionais e internacionais, na proposta do Orçamento do Estado (OE). Este crescimento é o mais elevado desde 1990, segundo os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O ministro das finanças, João Leão, a 17 de janeiro, garantiu que as medidas para apoiar a economia e a saúde que foram tomadas em dezembro por consequência da Covid-19, não iriam alterar a previsão do crescimento económico em 4,8% em 2021. Esta previsão do ministro das finanças está de acordo com o Banco de Portugal e com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

O Fundo Monetário Internacional (FMI) previa uma subida inferior, na casa dos 4,4%, no entanto, a Comissão Europeia esperava uma subida de 4,5% e o Conselho das Finanças Públicas de 4,7%.

Segundo os dados do INE, registou-se uma recuperação do consumo privado e do investimento e também houve “crescimentos significativos” das importações e de bens e serviços.

Relativamente ao quarto trimestre de 2021, o PIB cresceu 5,8% em comparação com o período homólogo e 1,6% em cadeia. Houve uma aceleração no volume das exportações, bens e serviços, o que resultou num bom contributo da procura externa líquida, mas também da procura interna.

De acordo com a variação em cadeia do PIB no quarto trimestre houve uma diminuição do contributo positivo da procura externa líquida.

“Refira-se ainda que no quarto trimestre de 2021 se verificou uma perda significativa nos termos de troca, mais intensa que nos dois trimestres precedentes, em resultado do crescimento pronunciado do deflator das importações, nomeadamente de bens energéticos e matérias-primas”, avança o relatório do INE.