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Rentabilidade dos bancos
Bancos portugueses apresentam uma rendibilidade acima da média (Foto: Unsplash)

Rentabilidade dos bancos da zona euro caiu no primeiro trimestre

Por: Diana Mendonça

Os 112 maiores bancos da zona euro registaram um decréscimo da rendibilidade do capital próprio (RoE), passando de 7,21% no primeiro trimestre de 2021 para 5,98% no primeiro trimestre de 2022.

De acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE), esta quebra da rendibilidade do capital próprio ocorreu devido ao aumento das despesas administrativas e depreciações, que foram superiores aos custos das receitas operacionais.

A rendibilidade do capital próprio é a percentagem obtida através da divisão do resultado líquido depois de impostos pelo capital próprio. Através deste cálculo consegue-se perceber a rentabilidade do banco e a sua capacidade de remunerar os acionistas.

Apesar desta diminuição geral, a rentabilidade do capital próprio varia de país para país, o que leva a resultados díspares entre países. Segundo os dados do BCE, os bancos eslovenos foram os que apresentaram uma maior rendibilidade do capital próprio no primeiro trimestre do ano (35,57%) e os bancos cipriotas os que apresentaram a mais baixa (0,18%).

Os bancos de Portugal (9,04%), Espanha (11,08%) e Grécia (21,25%) apresentaram um RoE acima da média. Já os bancos de França (5,14%), Alemanha (4,13%), Itália (5,79%), Holanda (5,64%) e Irlanda (2,22%) apresentaram resultados abaixo da média.

Ao todo, as despesas administrativas e as amortizações dos 112 bancos, supervisionados pelo BCE, totalizaram 83.295 milhões de euros no primeiro trimestre do ano e as perdas por imparidade e provisões foram de 16.561 milhões de euros.

Os 112 maiores bancos da zona euro tiveram receitas líquidas de juros de 68.141,4 milhões de euros e receitas líquidas de taxas e comissões de 41.617 milhões de euros.

O rácio agregado de capital de qualidade superior sobre ativos ponderados pelo risco foi de 14,98% no primeiro trimestre do ano, registando um decréscimo de 0,59% face ao período homólogo de 2021. Dos países da zona euro com bancos supervisionados, este rácio regista o valor mais baixo na Grécia (12,39%) e o valor mais alto Estónia (26,44%).

Através deste rácio, consegue-se medir a solidez financeira dos bancos. Quanto mais elevado o valor do rácio, mais garantias de solvência existem para o banco.