A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) e a Associação Sistema Terrestre Sustentável – Zero apelaram, esta segunda-feira, a uma maior aposta nas energias endógenas e renováveis, de forma a aumentar a autonomia energética do país.
Em comunicado, as associações referem que a produção de eletricidade não renovável foi de 19,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2017, mais quatro milhões de toneladas face a 2016.
O aumento de emissões entre 2016 e 2017 foi de 20%, justificado pelos incêndios e pelo aumento de produção de eletricidade de origem fóssil.
Por sua vez, a produção renovável foi de 44% do consumo de eletricidade em 2017, permitindo, ainda assim, uma redução do preço médio da eletricidade transacionada no mercado grossista com um benefício para o consumidor de 727 milhões de euros, bem como poupanças de 770 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis.
A energia eólica, adiantam as associações, foi a que produziu mais eletricidade, seguindo-se a eletricidade hídrica, de bioenergia e solar-fotovoltaica.
“Portugal tem de investir muito mais na eficiência energética e nas energias renováveis para ser neutro em carbono em 2050 e esse investimento tem de ser fortemente acelerado”, refere Francisco Ferreira, presidente da Zero.
Já António Sá Costa, presidente da APREN, afirma que “os benefícios das renováveis superaram largamente, mais uma vez, os seus custos colocando-as como a solução mais custo-eficaz para o sistema elétrico nacional”.