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Greve nas fábricas
Greve de duas horas por turno nos próximos dias 17 e 18 de novembro pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (Fonte: Pexels)

Greve dos trabalhadores da Autoeuropa nos dias 17 e 18 de novembro

Por: Marta Godinho

O comunicado foi feito esta quarta-feira, dia 9 de novembro, pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE SUL), que anunciou uma greve de duas horas por turno nos próximos dias 17 e 18 de novembro.

Os motivos desta greve, com início às 15h20 do dia 17 de novembro e final às 17h20 do dia 18 de novembro, foram “a falta de negociação e de respostas concretas e objetivas da administração da empresa ao aumento extraordinário dos salários para 2022, pela melhoria das condições de trabalho e contra os elevados ritmos e cargas de trabalho nas linhas de produção”, refere o sindicato em comunicado enviado às redações.

Mais adiante, a Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, distrito de Setúbal, exige o aumento de 5% em dezembro para compensar a falta de poder de compra criada pela inflação. Ademais, os trabalhadores exigem uma manutenção salarial de mais 2% já a partir de janeiro de 2023, tal como está estipulado no Acordo Empresa (AE) que foi aprovado a 30 de março deste ano.

A administração já respondeu que apenas vai ser atribuído um prémio único de 400 euros, pago ainda este mês de novembro, pelo qual a CT considerou “uma decisão completamente descabida daquilo que deveria ser a responsabilidade social [da Autoeuropa] para com os seus trabalhadores”.

Ainda em outubro, temas como o aumento salarial extraordinário e o reforço de que 2022 deverá ser o segundo melhor ano de sempre em termos de produção de automóveis de Palmela foram considerados pelo coordenador da CT da Autoeuropa, Rogério Nogueira.

Se a proposta de greve for aprovada em plenário esta será a segunda paralisação por motivos laborais da Autoeuropa ao longo de mais de três décadas de atividade da fábrica de Palmela.

Recorde-se que a primeira greve da empresa foi realizada a 30 de agosto de 2017, quando os trabalhadores imobilizaram o seu trabalho para reivindicar a obrigatoriedade de trabalhar ao sábado. Esta levou à paralisação total de toda a produção da fábrica em Palmela.