Por: Marta Godinho
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em baixa a inflação em outubro. O instituto refere que “a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 10,1% em outubro de 2022, taxa superior em 0,8 pontos percentuais à observada no mês anterior”.
O valor, que continua a representar o nível mais elevado desde maio de 1992, apresenta menos 0,1 pontos percentuais do que o previsto inicialmente.
O indicador de inflação subjacente, ou seja, o índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, “manteve a tendência de subida dos meses anteriores, registando uma variação de 7,1% (6,9% em setembro)”, em concordância com o comunicado pelo gabinete de estatística nacional. Este valor apresenta-se como taxa mais elevada desde janeiro de 1994.
Relativamente ao índice dos produtos energéticos, houve uma subida de 5,4% para uma variação homóloga de 27,6%. Já os produtos alimentares não transformados aceleraram “para 18,9% (16,9% em setembro)”, o mais elevado desde junho de 1990.
Em termos mensais, “a variação do IPC foi 1,2% (valor idêntico no mês precedente e 0,5% em outubro de 2021)”, sendo que “a variação média dos últimos 12 meses foi 6,7% (6,0% em setembro)”, adianta o INE na mesma análise.
Segundo o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite a comparação com outros estados-membros, Portugal “apresentou uma variação homóloga de 10,6%”, mais 0,8% do que o registado em setembro.
O índice português está 0,1% abaixo do estimado pela Eurostat para a Zona Euro.