Por: Diana Mendonça
De acordo com os dados “Scantrends” da NielsenIQ, no mês de julho as vendas do retalho alimentar aumentaram 12,9%, registando a maior subida desde o início do ano.
O aumento da inflação, que neste momento se encontra em 9,1%, levou a que as famílias optassem por marcas de distribuição (22,1%) face a marcas de fabricantes (7,5%).
O setor do retalho alimentar registou um decréscimo de 1% no início do ano, contudo, em março registou um crescimento de 3,8% e em maio aumentou para 10,4%, acompanhando a subida da inflação.
Nos primeiros sete meses do ano, os portugueses já gastaram mais 326 milhões de euros nos supermercados, face ao ano passado.
A inflação na alimentação está a rondar os 13,9%, levando a que os produtos de marca própria, a designada, marca branca cresçam. No mês de julho, estas marcas cresceram 22,1%, face ao período homólogo.
Estes dados revelam que em cada dez artigos comprados quase cinco são de marcas de distribuição.
Os congelados são os artigos que as famílias mais compram de marca branca (54,9%) e os artigos de mercearia (46,7). Os laticínios são os produtos em que ainda mais prevalece a marca própria. Já nos artigos de higiene, as marcas brancas têm uma taxa de 33,2%.
Em todos os setores as marcas brancas estão a crescer a dois dígitos, apesar das variações.
O estudo revelou ainda que 40,5% do orçamento das famílias nos supermercados é gasto em artigos de mercearia (2425 milhões de euros). Seguido destes artigos, encontram-se os laticínios (17,1%), os artigos de higiene pessoal (10,3%) e os congelados (7,5%).
