A Inventa, consultora especializada em propriedade intelectual, lançou esta segunda-feira, 20 de dezembro, o barómetro “Patentes Made in Portugal 2021”, que apresenta estatísticas e indicadores desde os anos de 2001 até 2020, com o objetivo de acompanhar a evolução dos pedidos de proteção de patentes em Portugal.
Segundo a Inventa, comparando a posição de Portugal face a outros países europeus, Portugal subiu nove posições no ranking europeu de pedidos de patentes entre os anos de 2001 e 2019, correspondendo a um aumento de sete vezes, embora não tenha alcançado o top 10 europeu.
Em relação aos pedidos apresentados entre os anos referidos anteriormente, cerca de 29% do somatório de pedidos de patentes foram concedidos, tendo Portugal alcançado uma taxa média de crescimento anual de concessões de 10,27%.
Apesar do crescimento nos pedidos de patente de origem portuguesa, estes mesmos pedidos relativizados ao número de habitantes estão em valores baixos quando comparados com outros países europeus.
De acordo com o estudo, os setores farmacêutico, de engenharia civil, de tecnologias médicas e da química orgânica fina, são os que mais se destacam nos pedidos de patente com origem em Portugal, embora as invenções relacionadas com as tecnologias computacionais e comunicação digital estejam em franca ascensão.
No barómetro é possível verificar algumas patentes de interesse histórico com origem em Portugal, como Raul Mesnier de Ponsard que construiu os elevadores da Glória ou do Carmo, e de Jaime Filipe, conhecido por ter apresentado vários pedidos relacionados com tecnologias voltadas para pessoas com necessidades especiais.
Em relação aos principais requerentes com origem em Portugal, a Universidade do Minho e a Universidade do Porto dividem a liderança no número de invenções apresentadas.
