Por: Diana Mendonça
Lisboa é a 109.ª cidade mais cara do mundo para cidadãos que trabalham e vivem fora do seu país, de acordo com os dados do estudo “Custo de Vida 2022”, da consultora Mercer. Face aos dados do ano passado, Portugal desceu 26 lugares no ranking. Em relação à Europa, a capital portuguesa é a 36.ª cidade mais cara.
Das 227 cidades mundiais em análise pelo estudo, Hong Kong, na China, é a cidade mais cara do mundo para cidadãos expatriados, seguida de Zurique, Genebra, Basileia e Berna, cidades localizadas na Suíça.
De acordo com o estudo, as cidades europeias são as mais caras do mundo para cidadãos expatriados.
No entanto, a inflação, a incerteza económica e a normalização do teletrabalho podem ter efeitos negativos na retenção dos talentos destes cidadãos. A perda de poder de compra e a instabilidade socioeconómica estão a preocupar os cidadãos que vivem e trabalham longe da sua casa mãe.
Por norma, os cidadãos expatriados recebem um subsídio extra para fazer face às despesas de se encontrarem deslocados. De acordo com a consultora Mercer, este subsídio é calculado através do índice do custo de vida e do salário líquido que o funcionário recebe, tendo sempre em conta os gastos em habitação, alimentação e serviços.
Contudo, o aumento dos preços e a consequente perda do poder de compra, bem como o facto de estarem afastados das famílias são fatores que têm levado a que as pessoas repensem a sua mobilidade. A reforçar tudo isto, a possibilidade de teletrabalho veio alterar as dinâmicas, sendo que as empresas têm de modificar a suas estratégias para conseguirem reter talentos, salienta a empresa consultora Mercer.