Mais de metade das empresas de administração de condomínios emprega mais de 10.000 trabalhadores

A APEGAC – Associação das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios realizou um estudo, em parceria com a empresa de business consulting e gestão empresarial DATA E, onde revelou que mais de metade das 1.971 empresas do setor de administração de condomínios empregam mais de 10.000 trabalhadores e faturam menos de 65.000 euros por ano.

Foram realizadas 326 entrevistas com empresas do setor em Portugal, com o objetivo de conhecer a realidade do mercado das empresas que operam no setor de gestão e administração de condomínios.

O estudo revela que, das empresas inquiridas, 214 têm a administração de condomínios como atividade principal e têm a mesma registada como principal e 70 confirmam que não é a sua atividade primordial. Por outro lado, cerca de 24% das empresas não trabalham com administração de condomínios, mesmo tendo esta atividade registada como principal.

“Não se pode deixar de assinalar, com este estudo, o facto da maioria das empresas com o registo desta atividade no Serviço de Finanças, não a exercer, o que revela as dificuldades que este setor de atividade atravessa, em consequência da sua falta de regulação, que leva a práticas que a descredibiliza e à insegurança dos consumidores”, explica o presidente da APEGAC, Vítor Amaral.

Quando questionados sobre outros setores de atividade para além da administração de condomínios, 27,3% das empresas inquiridas indicou os serviços de “limpeza geral e manutenção dos edifícios” e 26,7% de “mediação imobiliária”.

Através do estudo efetuado, foi ainda possível aferir que a idade média das empresas que atuam neste setor é de 12 anos e que mais de 44% destas empresas estão localizadas na região de Lisboa.

A região do Porto ocupa a primeira posição com cerca de 84,7% das empresas a referirem que a sua principal atividade é administração de condomínios, enquanto a região do Centro encontra-se na última posição com 69,1% das referências.

Vítor Amaral destaca também o facto do setor, apesar de ser constituído maioritariamente por microempresas, gerar muito emprego, “além de contribuir para a empregabilidade de outros setores ligados aos condomínios, como é o caso das empresas de limpeza, jardinagem, manutenção de ascensores, entre outros, proporcionando um volume de negócio assinalável”, conta.

O estudo conclui ainda que as empresas de administração de condomínios gerem, em média, 71 condomínios e 24 frações por condomínio, e têm cerca de cinco funcionários, com três dedicados totalmente a essa atividade.