Sexta-feira, Maio 9, 2025
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Como a obrigatoriedade da faturação eletrónica está a impactar as PME

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Por: Wilques Erlacher, manager da Saphety

Falar de fatura eletrónica não é algo novo. Desde 2004 que todas as empresas que fornecem o setor do retalho tiveram de implementar um processo de EDI [n. d. r. eletronic data interchange]. Para iniciar, divido o impacto da obrigatoriedade da faturação eletrónica em três grupos: 

  1. Envio de faturas para empresas do setor privado, o impacto é muito baixo por não ter regulamentação que os obrigue a implementar apesar de já produzirem PDF assinados digitalmente;
  2. PME fornecedoras de grandes empresas, que adoptaram um processo de eficiência na área financeira e obrigam os fornecedores a enviar as faturas por EDI, onde o impacto é médio/alto e, em alguns casos, pode colocar em causa a relação comercial entre as partes onde o comprador muda de fornecedor;
  3. Potencialmente forte na Administração Pública (AP), com base no DL-123/2018 que define a entrada em produção em duas fases: primeira, organismos do Estado com gestão direta e institutos que estejam abrangidos pela eSPap, a partir de 18 de abril de 2019, e, segunda, as restantes instituições da AP após abril de 2020 só receberão faturas em formato eletrónico.

O impacto desta nova forma de trabalhar é muito positivo para todos os operadores económicos do mercado. Implementar um processo de faturação eletrónica significa menos erros, mais controle se a fatura deu entrada ou não no ERP do cliente, informação se a fatura foi aprovada e vai cumprir o prazo de pagamento e, nos casos mais complexos, se foi rejeitada ou entrará em processo de disputa.

Há no mercado excelentes gestores que olharam para este novo modelo como algo que os iria ajudar nos processos de tesouraria e de gestão financeira e já avançaram com o processo de implementação e, hoje em dia, são os primeiros a motivar os seus clientes a receberem as suas faturas eletrónicas.

Os gestores que vejam isto como uma obrigatoriedade e que vão adiar a decisão de implementar para o mais próximo possível do final do prazo, poderão criar sérios riscos comerciais para a empresa. Está claro que já não vai haver adiamento ou “jeitinho”, ultrapassámos o ponto onde já não voltamos atrás, agora o caminho é o da desmaterialização total de todos os documentos que gerem uma relação comercial.

“Está claro que já não vai haver adiamento ou “jeitinho”, ultrapassámos o ponto onde já não voltamos atrás, agora o caminho é o da desmaterialização total de todos os documentos que gerem uma relação comercial.”

Começámos, há poucos anos, com a guia de transporte, agora temos a fatura e, em breve, será o pedido de compra, o catálogo de produtos, o aviso de receção da mercadoria e até mesmo o aviso de pagamento da fatura. Todos estes documentos, em alguns setores já são uma realidade há mais de 10 anos. Agora, a Administração Pública dá os primeiros passos.

A partir de abril deste ano, alguns fornecedores irão ver a sua relação comercial com o Estado sofrer uma queda nas vendas por não terem a fatura eletrónica implementada. Já outros, se esperarem por abril de 2020 poderão simplesmente deixar de fornecer por não conseguirem faturar eletronicamente.

Na Administração Pública, setores como os Hospitais têm vindo a obrigar os seus fornecedores a avançar ainda este ano com um processo mais completo de EDI, que inclui a encomenda, a guia de transporte e a fatura, tudo em formato eletrónico. Este setor não vai esperar por abril de 2020. O impacto deste setor, como comprador significa a implementação em milhares de empresas, sejam elas de medicamentos, dispositivos médicos, serviços ou material administrativo.

Será uma corrida contra o relógio, pois um projecto de EDI leva entre 4 a 10 meses para estar implementado, dependendo do número de clientes destinatários das faturas. Uma empresa que forneça a todos os hospitais públicos em Portugal poderá necessitar de quase um ano para ter todos os clientes a funcionar em pleno.

Inventa International assessora Toys “R” Us Iberia em propriedade intelectual

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A Inventa International, empresa especializada em consultoria de propriedade intelectual, prestou assessoria ao processo de licenciamento e compliance de propriedade intelectual do grupo Toys “R” Us Iberia, que engloba a Toys “R” Us Portugal.

A assessoria advém do recente processo de compra da Toys “R” US na Península Ibérica por uma sociedade portuguesa, a Green Swan, liderada por Paulo Andrez. O processo relacionado com o licenciamento e compliance de direitos de propriedade intelectual prolongou-se ao longo do segundo semestre do ano de 2018, tendo sido concluído em janeiro de 2019.

Um dos sócios envolvidos neste processo, Tiago Reis Nobre, congratula-se com o sucesso das negociações, uma vez que “era uma pena que uma marca tão simbólica para as crianças e, na verdade, para o público em geral, como é a Toys “R” Us”, deixasse de operar em mercados europeus”, afirma.

“Os pratos da balança, profissional e empresa, nunca estiveram tão equilibrados”

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A Talenter, um grupo especializado em soluções de Gestão de Recursos Humanos, lançou recentemente a  sua Academia de Formação ao mercado. Uma nova aposta nos RH apostando num corpo de formadores composto por profissionais do setor de Recursos Humanos e da Gestão do Talento.

Conversámos com José Morais Barbosa, Business Developer  | Training & Development Consultant na Talenter, sobre as relações laborais e a Academia de Formalão da Talenter.

PME Magazine: Quais os principais desafios que as empresas enfrentam, hoje, ao nível da gestão dos Recursos Humanos?

José Morais Barbosa: Portugal atravessa, grandes desafios de sustentabilidade, ao nível do desenvolvimento do seu Capital Humano. Se, por um lado, muitos são os diretores que afirmam que o ativo mais poderoso das suas equipas são as pessoas, não é menos verdade que ainda existe um largo caminho a percorrer, no que toca à promoção, valorização e desenvolvimento dessas pessoas diz respeito.

Hoje, urge desenvolver políticas de recursos humanos que, para além de incrementarem os níveis de compromisso e de identificação dos colaboradores com as suas empresas, tenham um verdadeiro impacto no Negócio.

PME. Mag: Qual o futuro das relações laborais?
J.M.B: Numa época em que vão já longe os chamados “empregos para a vida”, variáveis como valores de vida, propósito ou sentido de missão, têm assumido um lugar central no futuro das relações laborais.
Exceção feita ao setor público e ao setor empresarial do Estado, é ponto assente que os vínculos laborais são, cada vez mais, mais flexíveis e incertos.

Hoje, o facto de um profissional estar efetivo na sua empresa, não é já fator impeditivo para terminar com a relação laboral, se assim entender ser mais vantajoso. No meu entender, longe de ser tido como uma catástrofe, este fenómeno vem criar oportunidades aos profissionais que, vendo-se num ambiente de maior incerteza, se tornam mais abertos a sair da sua zona de conforto, apostando mais na sua formação e desenvolvimento.

Por outro lado, não é menos verdade que este fenómeno de incerteza não é já exclusivo do profissional, sendo também sentido pelas empresas que, se quiserem reter os seus talentos, têm de esgrimir argumentos e desenvolver verdadeiras políticas de employer branding, que vão muito além do vencimento.

Posto isto, os dois pratos da balança – profissional e empresa – nunca estiveram tão equilibrados, facto que recentra a importância dos departamentos de recursos humanos nas organizações.

PME. Mag: Que balanço faz desde da sua entrada na Talenter até agora?
J.M.B: Quando abracei o desafio Talenter, fi-lo seguro de estar a ingressar na principal empresa portuguesa de recursos humanos e gestão do talento.  Integrado na estrutura comercial da Talenter, a minha missão tem passado por dar um novo impulso à unidade de formação corporativa da empresa, posicionando-a como um ator com voz ativa no setor dos recursos humanos. Desde a minha entrada no projeto, a área de formação corporativa da Talenter tem-se vindo a reinventar, estando hoje ao nível das maiores academias internacionais do setor.

Passado este tempo, estou seguro que a Talenter é já o percursor de formação mais expressivo a atuar, em Portugal, no nicho específico dos recursos humanos e da gestão de talento. Por seu turno, o ano que agora se inicia, será o ano da consolidação da unidade de formação corporativa da Talenter, tendo nós a plena consciência dos principais desafios que enfrentamos se quisermos continuar a ser a academia de referência na formação dos profissionais de recursos humanos.

PME.Mag: Como podem as empresas beneficiar do apoio de uma empresa de Gestão de Recursos Humanos como a Talenter?
J.M.B: A Talenter é muito mais do que uma empresa de Trabalho Temporário, Recrutamento e Seleção ou Outsourcing, na medida em que apresenta soluções integradas de gestão de pessoas e talento.

De facto, sempre que abraçamos um novo projeto, temos a preocupação de conhecer a fundo a cultura e os desafios do nosso cliente, focados que estamos em lhe oferecer soluções que vão muito além da simples atração e seleção de perfis.

Por outro lado, mesmo sendo uma empresa que atua na área do trabalho temporário, a Talenter começa a ser tida pelo candidato como uma empresa onde este pode crescer e desenvolver a sua carreira.

Escolhendo a Talenter como parceira, os nossos clientes têm a segurança de estar a escolher uma empresa ímpar na gestão dos seus colaboradores, cujas ambições e projetos de carreira são tidos em linha de conta. Neste campo, a nossa unidade de formação tem vindo a assumir um papel redobrado na capacitação e desenvolvimento dos nossos colaboradores que valem, assim, muito mais para as empresas nossas clientes.

PME.Mag: Em que consiste a Academia de Formação da Talenter?
J.M.B: No lado das soluções de calendário, a Academia de Formação é a única academia a desenvolver ações de formação focadas, em exclusivo, no nicho específico dos recursos humanos e da gestão de talento. As ações de formação da Talenter, sendo eminentemente práticas e de curta duração, têm o mérito de ser facilitadas por profissionais que trabalham em diferentes empresas, nas mais variadas posições ligadas aos recursos humanos e à gestão de pessoas.

Com esta estratégia, para além de combater o falha que (ainda) existe entre (algumas) academias de formação e o mercado, temos a preocupação de dar aos nossos formandos ferramentas e soluções que estes possam implementar na sua realidade profissional, logo após saírem da nossa academia.

No lado das soluções customizadas dentro da empresa, cedo tivemos a intenção de apostar em metodologias inovadoras, fora da caixa, com verdadeiro impacto, por um lado, na pessoa e, por outro, no negócio. Aqui, destaco metodologias como o Agile, o Design Thinking, o Storytelling ou o Lego Serious Play, entre outros, como caminhos privilegiados para resolução de problemas, apelando à criatividade e ao espírito crítico de quem “constrói, desbloqueando conhecimento, através de handstorming e storybuilding.

PME.Mag: Quais os próximos desafios para a Talenter na área Your Company?
J.M.B: Como referi, este será o ano da consolidação da Talenter Academy no mercado. Queremos chegar a mais empresas, nunca desvirtuando o nosso posicionamento e o ADN que nos caracteriza e apaixona: a gestão de pessoas.

Posto isto, continuaremos atentos aos talentos ligados aos recursos humanos das nossas empresas, tendo a preocupação de fazer a ligação entre as suas competências e alguma necessidade/lacuna do mercado. Sempre que sentirmos que determinado profissional poderá aportar valor aos nossos clientes, não deixaremos de o desafiar a desenhar soluções de facilitação que poderemos implementar, em conjunto.

Por outro lado, em 2019, iremos lançar a 1ª edição do nosso Executive Master Course em Gestão Hoteleira, por acreditarmos que, também aqui, temos uma palavra a dizer no que à gestão de pessoas e talento diz respeito. Neste programa, os nossos formandos terão a oportunidade partilhar conhecimento com os principais líderes ligados à gestão dos grandes hotéis a operar em Portugal.

Por fim, reforçaremos a nossa aposta em metodologias diferenciadoras de formação, empenhados que estamos em combater o sistema de formação expositiva que, para além de se encontrar desatualizado, tem hoje um impacto praticamente nulo na pessoa e no negócio.

Salário mínimo da função pública sobe para 635 euros

O Conselho de Ministros aprovou, esta quinta-feira, a subida da remuneração base da função pública de 580 para 635,07 euros.

O aumento será feito por inteiro, sem faseamento, para todos os trabalhadores.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, “esta atualização faz coincidir o valor da remuneração base mais baixa praticada na Administração Pública com o montante correspondente ao 4.º nível remuneratório da Tabela Remuneratória Única”.

O Conselho de Ministros adianta que a medida tem como objetivo “proporcionar melhores e mais dignas condições de trabalho e de vida aos trabalhadores de todas as carreiras e categorias que auferem remunerações inferiores a 635,07 euros”.

Fever investe para co-organização de eventos em Portugal

A Fever, startup de entretenimento e experiências que trabalha com base em dados de utilização da app e preferências dos utilizadores, anuncia o investimento de até cinco milhões de euros para a co-organização de eventos em Portugal nos próximos dois anos.

A Fever é uma das startups tecnológicas de mais rápido crescimento em todo o mundo no setor do entretenimento, e que chegou a Portugal em agosto de 2018. Utilizando a sua aproximação baseada em dados, a Fever consegue identificar oportunidades no mercado e testar diferentes conceitos para identificar os que têm maior procura, reduzindo desta forma o risco da organização dos eventos.

“O investimento de até cinco milhões para Portugal, que estamos neste momento a anunciar, deve-se também ao sucesso dos primeiros meses da plataforma no nosso país. Contamos com cada vez mais marcas associadas, e os nossos eventos Fever ORIGINALS têm esgotado praticamente em todas as edições, o que nos faz crer que iremos continuar a criar conteúdos e iniciativas que estejam alinhadas com as necessidades do público português e de quem nos visita”, explica Gil Belford, General Manager da Fever em Portugal.

Em Lisboa, a Fever já organizou eventos originais como o speed networking – durante o Web Summit, o primeiro speed dating gay no país, sessões de concertos acústicos com artistas emergentes, entre outros. A nível internacional, o sucesso e a dimensão dos eventos da Fever é notório: em Nova Iorque, a empresa criou um evento inspirado no Alice no País das Maravilhas, chamado ‘MadHatter Bus’, que incluía uma degustação de gins Tanqueray, num autocarro de dois andares em Brooklyn, que esgotou em apenas alguns dias e que tinha mais de 12.000 pessoas em lista de espera antes do evento ser lançado. Corona, Adidas, Chivas, Uber, Schweppes e Starbucks são apenas alguns exemplos de outras marcas que também já organizaram experiências e campanhas únicas com a Fever. O Escape Room La Casa de Papel contou, no último ano, com mais de 60.000 participantes na cidade de Madrid, em Espanha.

Neste momento, a Fever já impacta semanalmente mais de 1,5 milhões de pessoas na Grande Lisboa, mais de metade da população residente nesta área (censos de 2013).

“É graças a esta grande audiência que conseguimos utilizar a nossa tecnologia para testar e validar a procura que um conceito irá ter antes sequer de investirmos o primeiro euro no evento. Reduzindo o nosso risco para nós e para os nossos parceiros” adiciona Isabel Solano, Diretora Global da Área dos Fever Originals.

A Fever continua a expandir-se em Portugal e está atualmente a recrutar engenheiros para a área de tecnologia.

Altitude Software anuncia novo Vice-Presidente Executivo

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A Altitude Software, empresa líder global de soluções omnicanal, anuncia a nomeação de Miguel Noronha, para o cargo de Vice-Presidente Executivo (EVP) da Altitude para Portugal e as PALOP.

Na Altitude há mais de 20 anos, Miguel Noronha é responsável pela gestão de grandes contas, entre as quais se destacam a Teleperformance em Portugal e a nível internacional, a Sitel e a Transcom, acumulando também funções de EVP das regiões dos EUA, Canadá e do Reino Unido.

Rui Barros lidera Accenture Technology em Portugal

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A Accenture Portugal, organização global líder em serviços profissionais em estratégia, consultoria, digital, tecnologia e operações, acaba de nomear um novo líder para a área de Technology em Portugal.

Rui Barros foi o Managing Director escolhido para liderar os destinos da Accenture Technology no nosso país. Tem 45 anos e é licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico.

Alter Solutions quer contratar 40 jovens para academias

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A consultora tecnológica ALTER SOLUTIONS PORTUGAL lança a 1.ª edição dos ALTER Camps, academias de formação para recém-graduados na área de IT. Ao longo do ano, a empresa prevê recrutar 40 jovens ao abrigo desta iniciativa.

Reforçando a aposta no Training como uma das áreas estratégicas da empresa para 2019, os ALTER Camps são programas de três meses, nos quais os participantes são desafiados a desenvolver soluções criativas, em equipa, para projetos internos ou de parceiros. No final de cada Academia, os jovens são convidados a integrar os quadros da empresa, mediante os resultados das suas avaliações.

Com esta iniciativa, a consultora pretende promover o desenvolvimento profissional dos jovens recém-graduados, através do contacto direto com o ambiente empresarial, bem como da aquisição de competências técnicas que respondam às necessidades atuais do mercado. Assentes numa abordagem de work-based learning, estas Academias garantem uma formação personalizada, com acompanhamento permanente de profissionais experientes, que desempenham o papel de mentores das equipas.

“Existe ainda uma grande lacuna entre a formação oferecida nas universidades e as necessidades do setor”, alerta André Novais Salgado, Managing Director da ALTER SOLUTIONS PORTUGAL. “Através deste programa, pretendemos criar uma ponte entre as duas realidades, contribuindo para formar profissionais especializados, polivalentes e bem preparados para as exigências do mercado.”

Os ALTER Camps são destinados a jovens sem experiência profissional, com Licenciatura ou Mestrado na área das Tecnologias de Informação.

Em amplo crescimento, ALTER SOLUTIONS pretende ultrapassar este ano os 300 colaboradores em Portugal, estando previsto o aumento da capacidade física do escritório, para a integração de equipas exclusivamente dedicadas ao desenvolvimento de projetos internacionais e à área de Nearshore.

BabyLoop chega a 4000 famílias

BabyLoop, plataforma online para compra e venda de artigos de puericultura de grande dimensão, foi oficialmente apresentada ao público, assim como a sua aplicação de telemóvel gratuita para smartphones. O evento de lançamento contou com a presença dos parceiros e do Secretário de Estado da Defesa do Consumidor, João Torres, que assinalou o momento com um discurso de abertura.

Desde que ficou operacional, a 14 de janeiro, o projeto de economia circular, que visa ajudar as famílias portuguesas, dando uma nova vida a equipamentos inutilizados, já registou mais de 45 mil visitas ao site, mais de 1000 famílias a quererem vender produtos e 3000 com intenção de comprar.

A ideia partiu de Carolina Patrocínio, mãe de três meninas pequenas, que percebeu que, assim como ela, todos os pais têm de lidar com o grande número de artigos de puericultura em casa que acabam por se tornar inutilizados em poucos meses.

Para operacionalizar a ideia, a apresentadora, que sentiu que poderia ser a altura certa para se aventurar no mundo dos negócios, desafiou os criadores da Book in Loop, plataforma de reutilização de livros escolares (que também conta com o apoio do Continente), a juntar-se a ela e, assim, alguns meses depois, nasceu a BabyLoop.

A plataforma permite a compra e venda de artigos como berços, trios, carrinhos de passeio, cadeiras de papa, entre outros, estando dividida em três categorias: auto, passeio e casa. De acordo com a procura e oferta, o leque de produtos pode vir a ser alargado, assim como as marcas aceites na plataforma, desde que sejam produtos de qualidade e em bom estado.

“Apesar de ser uma plataforma de produtos em segunda mão, só são aceites artigos em muito bom estado”, refere Ricardo Morgado, diretor executivo, adiantando que “um kit básico de puericultura para os primeiros meses, que inclui, por exemplo, um trio e berço, pode custar, em média, entre 920 e 2.130 euros, um valor muito elevado tendo em conta que 30% da população portuguesa recebe salário mínimo e que o salário médio no país é de 887 euros. Com a BabyLoop os pais vão poder poupar até 80% do valor, se comprarem um equipamento na plataforma e, depois, voltarem a vendê-lo. Por exemplo, num carrinho de gama média que custe 400 euros, as famílias conseguirão poupar cerca de 320 euros”.

A startup de Coimbra, defensora de hábitos de compra sustentáveis e conscientes, não pensava dedicar-se à puericultura, mas já perspetivava novos negócios:

“A Book in Loop correu muito bem e nós estávamos, precisamente, a estudar novas áreas onde o framework de economia circular que criámos para esse projeto pudesse funcionar. A Carolina mostrou-nos que havia essa necessidade no mercado e fez muito sentido para nós avançar, juntando a nossa experiência à da Carolina enquanto mãe”, acrescenta Ricardo Morgado.

A BabyLoop está em funcionamento desde 14 de janeiro para quem quer vender equipamentos. A compra só estará disponível em fevereiro, mas as famílias já podem deixar na plataforma as suas intenções de compra, beneficiando de descontos até 50%. O projeto encontra-se disponível em babyloop.pt ou no Instagram babyloop.pt, onde, em apenas duas semanas, reuniu mais de 28 mil seguidores

Concurso Montepio Acredita Portugal com novos parceiros

A IX edição do Concurso de Empreendedorismo Montepio Acredita Portugal cresceu e conta com dois novos Prémios: Prémio H2O Inovação e Prémio Autónoma, apoiados pelas Águas de Gaia e pela Universidade Autónoma de Lisboa, respetivamente. A criação de duas novas vertentes leva a prolongar o período de candidatura ao Concurso até dia 17 de fevereiro de 2019.

O Prémio H2O Inovação by Águas de Gaia é uma iniciativa da Águas de Gaia E.M. S.A., e visa identificar, premiar e apoiar empresários em fase de criação e/ou expansão de negócios relacionados com o setor da água, saneamento e gestão de águas pluviais.

Podem candidatar-se ao Prémio H2O Inovação by Águas de Gaia, promotores de projetos de criação ou expansão de empresas com características inovadoras e exequíveis do setor de atividade da distribuição de água, saneamento, gestão de águas pluviais (e sustentabilidade ambiental nestas três componentes). Todos os participantes no concurso Montepio Acredita Portugal cujo projeto se enquadre nestas áreas são automaticamente candidatos ao Prémio H20 Inovação.

O vencedor, para além dos prémios do concurso, terá ainda a oportunidade de ser incubado pelas Águas de Gaia e ser qualificado para participar no Eurovision for Startups.

O Prémio Autónoma, apoiado pela Universidade Autónoma de Lisboa, distingue projetos de comunicação nas áreas de marketing, jornalismo e/ou publicidade, aplicadas a uma área de negócio e irá privilegiar os projetos que apostam na criatividade e na inovação.

A UAL vai atribuir uma bolsa de estudo válida para qualquer um dos seus cursos de licenciatura, mestrado ou pós-graduação, desde que o candidato reúna os requisitos exigidos para a sua frequência. Caso a candidatura vencedora seja constituída por mais do que um elemento, o valor da bolsa será distribuído equitativamente.

O Montepio Acredita Portugal é o maior concurso de empreendedorismo de Portugal e o segundo maior a nível mundial, e tem como objetivo apoiar qualquer pessoa com uma ideia de negócio, independentemente da idade, nível de formação e localização no território nacional, apoiando projetos promissores com know-how especializado para o seu desenvolvimento e avaliação. Os melhores projetos têm contacto direto com investidores, especialistas e mentores, assim como acesso a formação personalizada e a oportunidade de integrar um programa de pré-aceleração.

Na última edição estiveram a concurso mais de 11 mil ideias de negócio.