“Não vale a pena fazer networking se não têm nada para dizer ou para fazer” – Tim Vieira
Por: Denisse Sousa
Para o empreendedor Tim Vieira, que afirma estar grato por ter perdido o dinheiro todo aos 26 anos, mas não a rede de contactos, o networking é o mais importante para qualquer empresa, no entanto, só vale a pena ser aplicado quando se tem algo para dizer.
“Não vale a pena fazer networking se não têm nada para dizer ou para fazer. A pior coisa é quando me sento ao lado de alguém e começamos a fazer networking e não há interesse, produto ou paixão. Antes de fazer networking é melhor que tenham paixão, que tenham produto, sejam interessantes, porque se não tiverem nada de bom para dizer é a pior coisa que fazem. Se o teu produto não é bom, não faças networking porque se não for bom essa pessoa vai dizer a todo o seu networking que o produto é uma porcaria.”
Tim Vieira, empreendedor sul-africano, falou no seminário Networking como ferramenta de crescimento pessoal e negocial, organizado pela Academia AXO no espaço Brave Soul, no Cacém. Um encontro dedicado a explicar as técnicas de networking e como podem ser utilizadas como ferramenta de aumento exponencial de negócio.
Para o empresário, é importante haver preparação do produto, do negócio antes de se começar a fazer o networking e, principalmente, acreditar que o produto é o melhor: “Há muita gente que pensa que o networking vai resolver tudo, mas não resolve, temos que ter uma coisa especial que nos dê vantagem, se tivermos isso podemos fazer networking”.
O ‘tubarão’ do programa Shark Tank relembrou ainda a necessidade do face to face (cara-a-cara) na era do digital: “Antes era tudo cara-a-cara, agora somos números. E estamos a perder muito o valor do cara-a-cara. Também não conseguimos ter 50 mil caras à nossa frente, como os likes, portanto, é importante escolher que caras querem à vossa frente e que caras podem ajudar”.
Gigantes do networking em conversa
O seminário tinha como objetivo apresentar redes de networking organizadas como recurso, dando conta de algumas estratégias e casos de sucesso que recorreram a estas redes.
Num painel composto por Ricardo Teixeira, fundador da empresa de Kamae, João Mendonça, orador e coach do Toastmasters, João Cordeiro, diretor executivo do BNI (Business Network International), Carlos Miguel Gonçalves, presidente executivo do LIDE Portugal e Tim Vieira, business angel, os empresários partilharam as suas técnicas e histórias profissionais de como aliaram o networking aos seus sucessos empresariais.
Ricardo Teixeira, campeão mundial de karaté e fundador da empresa tecnológica Kamae, apresentou as diferenças de networking offline e online: “Quem fizer só offline está a desprezar e não a alavancar o que sabe em termos de online, e quem faz só online não está a aproveitar o que sabe do offline. Portanto, sem dúvida alguma, são fundamentais”.
Ricardo Teixeira apresentou ainda sete passos para o networking, que incluem: sair da zona de conforto a nível empresarial e pessoal, Ir à luta “porque o ‘não’ está sempre garantido”, criar rapport (uma técnica usada para criar uma ligação de sintonia e empatia com outra pessoa) “com fartura”, a necessidade de se ter um objetivo, “ter x contactos, ou conhecer esta pessoa ou traçar esta parceria”, não ir completamente à deriva e a necessidade de “parar, escutar e olhar em volta”.
Praticar a “arte de fazer perguntas”, ter um call to action para a altura de fecho de um contacto e fazer com que as pessoas nos voltem a contactar.
“Os cartões não têm um call to action. Quando recebo um cartão que não tenho algo que faça ir lá buscar alguma coisa, um ebook por exemplo, esse cartão vai morrer na pilha de cartões que tenho na mesa”, alerta. Finalmente, o follow up, dando valor aos contactos que se criam através do networking.
João Mendonça, do Toastmasters, organização especializada na vertente de comunicação e liderança, explicou como se pode conjugar essas habilidades ao networking.
“O Toastmasters funciona com um grupo de pessoas que tenta ganhar o hábito de, no mesmo dia de semana e à mesma hora, fazer exercícios de comunicação e liderança.”
O networking acontece na avaliação dos participantes dos Toastmasters, onde ocorre uma partilha grande, feedback e troca de informações que os participantes usarão em futuros discursos.
“O networking no Toastmasters começa através do word of mouth (boca a boca), basicamente, a nossa evolução a nível mundial tem sido dessa forma e isso é networking para nós. Passa não só pela evolução dos Toastmasters em Portugal, mas pela nossa evolução pessoal, porque com tudo isto fiquei a conhecer um conjunto enorme de pessoas do país inteiro, inclusivamente da França, Alemanha e toda a Europa, até na Índia, em Kuala Lumpur, e em todos os países onde estão os Toastmasters, num total de 123 países desses aqueles que eu interagi rapidamente consegui encontrar uma pessoa numa área e isso é muito motivador.”
Para João Cordeiro, diretor executivo do BNI em Portugal e no Brasil, o networking começa de forma natural: “Todos nós nascemos um bocadinho networkers”. João Cordeiro refere que networking é muito mais do que conhecer pessoas, “isso é speed networking”.
“Networking é construir e aprofundar relações. E quando falamos em relações, elas têm que ter uma substância muito própria e demorar muito tempo.”
Para o responsável, os contactos são aquilo que nos mantêm e tudo é feito por pessoas: “Eu acredito que não existem relações institucionais, isso é um nome engraçado que se coloca à relação entre as pessoas”.
O BNI contribui para a economia mundial com cerca 9 mil milhões de dólares e aposta muito na vertente da formação e na forma como os empresários constroem relações de confiança.
“Há uma coisa que é crítica no networking: é a confiança. Se não desenvolvermos relações de confiança com os outros, não importa se conheço 50 mil pessoas, não tenho capacidade de gerir 50 mil relações, muito menos 300, o que me interessa é conhecer as pessoas que conhecem muita gente. Desenvolver relações de confiança com essas pessoas é uma receita.”
Já Carlos Miguel Gonçalves, presidente executivo do LIDE Portugal, sublinha a necessidade de um “cunho pessoal”.
“Tem a ver com a nossa maneira de ser, como é que entendemos a relação com a outra pessoa, como é que vejo a pessoa que eu quero convencer a comprar-me algo ou a perceber o que faço, a vir ter comigo e a ajudar-me.”
Com um trabalho empresarial refletido nas iniciativas do Fórum Empresarial do Algarve e nos comités do LIDE temáticos, Carlos Miguel Gonçalves acredita que “trazer as pessoas a um palco, a um evento é um compromisso sério”
A Academia AXO tem previsto mais encontros e formações mensais até final do ano, todos a decorrer no espaço Brave Soul.
Empresários portugueses em missão a São Francisco e Silicon Valley
Missão empresarial da AIP deu a conhecer de perto o Silicon Valley.
Sete empresas portuguesas participaram, entre 18 e 24 de setembro, numa missão empresarial a São Francisco, na Califórnia (Estados Unidos).
A missão foi organizada pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e permitiu aos empresários, de organizações de software, automação industrial, programação informática e de equipamentos tecnológicos e industriais conhecer de perto o famoso Silicon Valley, “o mais destacado centro de inovação mundial”, refere a AIP.
No final da visita, a comitiva foi ainda recebida pelo cônsul geral de Portugal e pelo delegado da AICEP em São Francisco.
“Mais de metade da economia da Califórnia centra-se na tecnologia, serviços financeiros, de imobiliário, técnicos e científicos. São Francisco é o centro cultural, comercial e financeiro do norte da Califórnia”, adianta a AIP em comunicado.
“A baía de São Francisco tem a segunda maior concentração de empresas cotadas como as 500 maiores dos EUA.”
Empresas não financeiras com bons resultados em 2015
Dados do INE mostram melhoria no desemprego das empresas não financeiras.
As empresas portuguesas que pertencem ao setor não financeiro tiveram um ano de expansão em 2015, com mais contratações e mais faturação.
Segundo revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), a maior evolução deu-se no valor acrescentado bruto (VAB), que subiu 4,8% face a 2014. Esta subida acentua-se no que respeita às pequenas e médias empresas, de 5,4%. No que respeita aos setores, os de alojamento e restauração (13,2%) e agricultura e pescas (13,4%) foram os que tiveram aumentos mais significativos.
O número de trabalhadores aumentou 2,6%. Neste caso, são as grandes empresas a contratarem mais, com um crescimento de 4,8%, enquanto nas PME a subida foi de apenas 2%.
Por setores, as áreas da comunicação (6,2%), alojamento e restauração (4,1%) e agricultura e pescas (3,3%) foram as que cresceram mais.
A produtividade subiu 2%, enquanto o volume de negócios cresceu 4,8% – nas PME foi de 5,4%.
Os lucros também subiram 3% para as empresas não financeiras.
Ao todo, o INE dá conta de que em 2015 existiam em Portugal 1009 grandes empresas (mais de 250 trabalhadores ou mais de 50 milhões de euros em faturação) e 369,2 mil PME, mais 1,9% do que em 2014.
(Notícia atualizada às 14.02 horas)
Home Vets: há uma veterinária premium que vai a sua casa
Por: Ana Rita Justo
Depois de vários anos a trabalhar em clínicas veterinárias, Mary Leacock decidiu lançar-se no seu próprio negócio em 2012. Natural do Funchal e atualmente com 35 anos, gere a sua própria clínica ambulante de prestação de cuidados veterinários premium ao domicílio e projeta uma aposta forte no público estrangeiro.
PME Magazine – Como nasce a Home Vets?
Mary Leacock – A ideia da Home Vets surgiu no ano de 2012, durante a licença de maternidade do meu segundo filho. Até então, tinha sempre trabalhado em clínicas veterinárias, e aborrecia-me o facto de ficar presa a um horário fixo, sempre dentro de portas, à espera que os pacientes viessem até mim. Nesse ano, já era notória a sobrelotação do mercado de trabalho em Medicina Veterinária, todos os anos licenciavam-se novos médicos, abriam cada vez mais clínicas, e aumentava a precariedade das condições de trabalho. Pareceu-me a altura perfeita para começar a pensar out of the box, e desenhar um novo rumo para a minha carreira. Inicialmente, estudei a hipótese de criar uma farmácia veterinária online a nível nacional, mas perdi o entusiasmo quando me deparei com todas as restrições legais e oposição da classe veterinária, que certamente me esperariam. Concentrei-me então nas tendências do mercado veterinário a nível internacional, essencialmente Reino-Unido, Estados Unidos, Alemanha, e Suíça, e agarrei a ideia do serviço veterinário em casa, do veterinário de família.
PME M. – Como chegou ao conceito veterinário premium ao domicílio?
M. L. – Comecei por fazer um estudo de mercado, naturalmente, para avaliar a viabilidade da minha ideia, e deparei-me com dois públicos diferentes: uma grande maioria que tinha como prioridade o custo acessível dos serviços veterinários, e um nicho de mercado que valorizava acima de tudo a qualidade e conveniência. Uma vez que procurava distinguir-me dos serviços já existentes, e acreditava ter uma personalidade e educação que me permitiriam adaptar facilmente a este público premium mais exigente, decidi arriscar, como diz o cliché, pelo caminho menos percorrido.
PME M. – O facto de falar várias línguas é um fator de diferenciação?
M. L. – Tem sido um fator de diferenciação muito importante, sim. Sou bilingue em português e inglês, e falo ainda francês, castelhano e italiano, algumas línguas com maior fluência do que outras naturalmente. Para os meus clientes estrangeiros, não sendo a comunicação uma barreira, cria-se quase de imediato uma relação de empatia e confiança.
PME M. – Também faz deslocações a empresas?
M. L. – A ideia ocorreu-me, da mesma forma como são feitas as consultas de medicina no trabalho, poderia haver algum protocolo das empresas com a Home Vets, uma espécie de regalia para os funcionários, no entanto, estaria a distanciar-me do meu core que é a relação familiar, atenção exclusiva ao animal no seu ambiente, e dedicação incondicional do tempo de consulta aos requisitos de cada família.

PME M. – Quais os serviços que mais lhe são pedidos?
M. L. – Há uma tendência crescente para os serviços de geriatria e cuidados paliativos. Penso que os donos dos animais estão cada vez mais sensibilizados para o facto de que podemos prevenir e retardar muitas patologias associadas à velhice, e dar qualidade de vida, dignidade, e conforto aos seus animais nos seus últimos anos de vida.
PME M. – Quais as histórias mais insólitas/pedidos mais estranhos que já teve?
M. L. – Pediram-me para observar um cão que não conhecia e estava sozinho em casa, deixaram-me a chave na tabacaria da esquina. Outro caso que me traz algum desafio é o de um cão que acompanho nas sessões de fisioterapia aquática e ginásio, integradas num programa de perda de peso: não sei qual de nós se cansa mais.
PME M. – Que balanço faz da Home Vets? Que novas apostas para um futuro próximo?
M. L. – Um balanço certamente positivo, recebo muito boas críticas, continuo a receber novos pacientes de clientes que vêm com grandes referências da Home Vets e a taxa de desistência é quase nula. A nível pessoal tem sido um desafio, um salto para fora da minha zona de conforto. Errei, aprendi, continuo a errar e a aprender e sou mais forte, mais humilde, e mais perspicaz por isso. Lisboa está muito en vogue e não é só pela luz inigualável e qualidade de vida. Se a minha cultura económica não estiver desatualizada, ainda parece haver alguma confiança em Lisboa como uma das cidades da Europa mais atrativas ao investimento externo, e além disso, é bem visível o aumento de residentes estrangeiros atraídos por vantagens fiscais. Quero por isso, dedicar-me ainda mais ao público estrangeiro. Acho sinceramente que aqui posso fazer a diferença.
IKEA abre 250 vagas para nova loja no Algarve
Candidaturas para nova loja IKEA estão abertas até 15 de novembro.
A IKEA tem 250 vagas de emprego para a sua nova loja em Loulé, no Algarve, que deverá abrir no início do próximo ano.
Segundo o site Notícias ao Minuto, a cadeia sueca procura colaboradores para apoio ao cliente, vendas, logística e restauração, estando as vagas abertas até 15 de novembro.
Há vagas para part-time e full-time, e a multinacional dará prioridade a quem demonstrar grande paixão pela área de decoração, com foco no cliente e vontade de aprender.
“Precisamente por estarmos a entrar pela primeira vez numa região, é muito gratificante acompanhar como a IKEA está a contribuir para o dinamismo económico do país, criando novos empregos”, refere Pedro Barroso, responsável de recrutamento da nova loja.
Morreu Shimon Peres
Grande conciliador entre Israel e Palestina, Shimon Peres morreu aos 93 anos.
Morreu esta quarta-feira Shimon Peres, o último sobrevivente a geração dos fundadores de Israel, aos 93 anos.
Shimon Peres nasceu na Polónia a 2 de agosto de 1923 e mudou-se para a Palestina ainda em criança. Ainda joven conheceu o fundador de Israel, David Bem Gurion, com quem viviu a criação do Estado judeu em 1948.
Em 1993, conseguiu o reconhecimento israelita da Organização para a Libertação da Palestina e deu início às negociações de paz com a Palestina. Em 1994, foi galardoado com o prémio Nobel da Paz devido aos acordos de Oslo.
Apesar de as negociações nunca terem chegado a um fim frutífero, Shimon Peres foi sempre uma voz conciliadora entre as partes.
Foi o israelita que mais tempo teve como deputado, tendo iniciado funções no Parlamento em 1958 e terminado em 2007, altura em que foi eleito presidente. Cessou funções como presidente em 2014.
Antes, foi primeiro-ministro de Israel por duas vezes e ministro em 16 governos.
(Notícia atualizada às 17.36 horas)
Reservas de alojamento na Airbnb aumentaram 76% no verão
Lisboa tornou-se a quarta cidade europeia mais requisitada através da plataforma Airbnb, o que representa um crescimento de 76% face ao período de 2015. Os dados referem-se aos meses de verão com 657 mil destes hóspedes oriundos de França (com 164.300 visitantes), Espanha (70.000), Reino Unido (52.400), Alemanha (46.300) e Estados Unidos (35.500).
Com uma média de estadia de 4,6 noites no país, acrescenta a plataforma, salientando que este valor se situa “acima da média europeia, de 4,3”. De acordo com a empresa, o destino com mais reservas em todo o país foi Lisboa, seguido de Barcelona, Paris e Londres.
Do total de visitantes no país neste período – 705 mil -, apenas 48.200 eram portugueses, que optaram em grande parte por Lisboa (8.800), Lagos (5.500), Faro (5.000), Porto (4.600) e Tavira (3.600).
“O turismo doméstico duplicou face ao mesmo período do ano passado”, frisa a Airbnb. Além destes, perto de outros 50 mil portugueses reservaram alojamento através da plataforma no estrangeiro, em países como Espanha (14.255), Itália (6.800), França (6.200), Reino Unido (3.000) e Croácia (2.900).
“No total – viajantes portugueses domésticos e que viajaram para o estrangeiro -, cerca de 100.000 portugueses utilizaram a Airbnb para viajar no verão de 2016, quase o dobro do ano anterior”, observa a empresa sediada na Califórnia, Estados Unidos.
Secretária de Estado para a Inclusão defende subsídio social para pessoas com deficiência
A secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, defendeu a necessidade de criação de um subsídio social para minimizar a situação de pobreza em que muitas pessoas com deficiência ainda se encontram.
A governante falou na conferência anual da Plataforma Europeia para a Reabilitação “Evolving Societies, evolving services: through the looking glass” (Evoluindo sociedades, evoluindo serviços: olhando pelo outro lado do espelho), organizada em parceria com a Fundação AFID Diferença, que decorreu no Fórum Picoas, nos dias 21 e 22 de setembro.
No encerramento do evento, Ana Sofia Antunes, enumerou três medidas para uma vida inclusiva das pessoas com deficiência “A criação de um subsídio social com o objetivo de tirar estas pessoas da pobreza que ainda é uma realidade. O atual subsídio da pessoa com deficiência é de 200 euros o que não chega para dar dignidade a estas pessoas. A segunda medida é o incentivo à independência da pessoa com deficiência através do desenvolvimento de projetos específicos. A terceira é o emprego para pessoas com deficiência. Em Portugal, temos boas leis nesta área, mas não boas práticas, ou os resultados dessas práticas não são suficientemente disseminados. Por isto, é possível para as empresas, municípios, institutos e outras organizações trabalharem em conjunto na procura da resposta certa para cada caso e cada contexto de cada pessoa com deficiência.”
A secretária de Estado fez, ainda, uma retrospetiva do seu trabalho durante os 10 meses no Governo e de como quer implementar um novo sistema de reabilitação para os próximos anos.
Já o presidente da Fundação AFID Diferença, Domingos Rosa, apelou à união de esforços para melhorar o setor da reabilitação ao nível europeu.
“Falámos de políticas e estratégias futuras para o setor da reabilitação, formação e emprego. Falámos também sobre inovação na prestação de serviços, investigação e novas tecnologias para serviços de reabilitação como chave para a inclusão. Por fim, falámos do financiamento e como a responsabilidade social das empresas pode ser vista como fonte de financiamento. É neste sentido de novas mudanças, novas atitudes e novo compromisso coletivo, que a AFID, EPR e as várias associações, se devem juntar e ter um papel ativo no seu desenvolvimento.”
De Lisboa para a Europa: Um diálogo sobre inclusão
Juntando cerca de 140 participantes, de diversas organizações, de 18 países europeus, o primeiro dia arrancou com a presença de João Gomes Esteves, curador e Administrador da Fundação AFID Diferença, Graça Rebocho, da Fundação PT, José Serôdio, presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., João Afonso, vereador para os Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa e Jean-Paul Essers, presidente da EPR.
João Afonso considerou esta uma oportunidade para discutir os projetos que estão em desenvolvimento com o intuito de tornar Lisboa mais acessível: “Quando falamos de evoluir sociedades e serviços, falamos de inclusão, falamos de direitos humanos e oportunidades. Falamos de todos, e, todos precisam de participar nesta discussão. Falamos de serviços, de uma sociedade inovadora e os mesmos propósitos para todos.”
Já para José Serôdio, do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., esta foi uma forma de relembrar a tarefa urgente de implementar os valores da convenção Europeia dos Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência.
“É importante ser inovador e dinâmico, de modo a conseguir consolidar compromissos a todos os níveis desde a perspetiva da criação e desenvolvimento de igualdade, às condições para oportunidades de participação e inclusão de pessoas com deficiência, e as suas famílias, em todas as áreas da vida na sociedade.”
Jean-Paul Essers, presidente da EPR, considerou que a tradição deste evento anual é o que mais próximo está do objetivo principal da plataforma: aprendizagem mútua.
“A EPR é composta por membros que estão diretamente envolvidos em prestação de serviços a pessoas com deficiência. As organizações são desafiadas a inovar os seus serviços, adaptar e redesenhar de maneira a que se adaptem às novas regras e regulamentos de cortes orçamentais.”
Painéis que mostram o outro lado do espelho
Ainda no primeiro dia, Laura Jones, secretária-geral da EPR, fez paralelos entre as obras “Alice no País das Maravilhas” e “Alice pelo outro lado do espelho e o que ela encontrou por lá”, de Lewis Carroll, com as iniciativas para a inclusão de pessoas com deficiência e sobre como encontrar soluções.
Miguel Gonçalves, CEO da Spark Agency, apresentou o conceito do Pitch BootCamp para jovens universitários na procura do seu primeiro emprego e falou sobre como ter jovens motivados para uma carreira de excelência através do autoconhecimento e saindo da zona de conforto.
Idália Serrão, ex-secretária de Estado para a Reabilitação e deputada socialista, falou da execução do Plano de Ação para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade (2006/2009) e da Estratégia Nacional para a Deficiência (ENDEF|2011-2013).
Foi, ainda, entregue o Prémio Inovação EPR para a Fundação Theotokos, da Grécia, através da iniciativa “Serious Games for Developing the Communication and Social Skills of Individuals With Autism Spectrum Disorder (ASD) and Intellectual Disability”. Um jogo criado para jovens entre os 12 e 30 anos com deficiência intelectual ou espetro de autismo, no qual podem trabalhar as capacidades comunicativas e sociais através de jogos interativos que replicam situações de interação social.
Manhã de reflexão e uma tarde passada no Café do Mundo
Ainda no primeiro dia, os participantes discutiram em workshops várias iniciativas europeias para a inclusão, atividades e estratégias para lidar com o envelhecimento ao nível local, a identidade digital, tecnologia assistida para a inclusão e estratégias de angariação de fundos.
No segundo dia a conferência assentou numa reflexão sobre os trabalhos do dia anterior com evidência na dinâmica World Café, onde os participantes puderam aprofundar questões estratégicas e fazer sugestões de atuação futura à Plataforma.
Destaque ainda para o encerramento de Zé Pedro Cobra, advogado, comediante, contador de histórias e apaixonado por causas sociais que, através da comédia, deixou aos participantes uma série de reflexões sobre a inclusão e como devem desafiar os obstáculos no seu quotidiano enquanto instituições.
A conferência Anual da EPR contou com o apoio da Fundação PT, Câmara Municipal de Lisboa, Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. e Cruz Vermelha Portuguesa.
Beatriz Rubio apresenta segunda edição da PME Magazine (vídeo)
Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, é a figura de capa da segunda edição da PME Magazine.
Em Portugal há mais de vinte anos, Beatriz Rubio irá marcar presença no lançamento da revista, na próxima quinta-feira, 29 de setembro, às 18 horas, no Hotel Double Tree By Hilton, em Lisboa.
Numa palestra inspiradora e com entrada gratuita, a empresária espanhola partilhará a sua visão sobre motivação e liderança. Inscreva-se aqui.
Veja aqui parte da entrevista de Beatriz Rubio à PME Magazine: