Terça-feira, Abril 29, 2025
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Indicador de atividade económica negativo pela primeira vez desde 2013

Indicador de atividade económica está a cair há seis meses consecutivos, segundo o Boletim Económico de junho do Banco de Portugal.

 

O indicador de atividade económica voltou a cair no mês de maio, desta vez para terreno negativo (-0,1), algo que não acontecia desde agosto de 2013, segundo dados do Banco de Portugal.

 

Este é já o sexto mês consecutivo em que o indicador de atividade económica cai, porém, desde agosto de 2013 que não pisava terreno negativo.

 

Também o indicador coincidente mensal para o consumo privado desacelerou, tendência que se iniciou em fevereiro deste ano. Em maio, o indicador fixou-se nos 2.

 

Os dados revelados vão de encontro às previsões anteriormente feitas pelo Banco de Portugal e pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), que preveem uma desaceleração da economia portuguesa.

 

Para este ano, o Banco de Portugal reviu o crescimento da economia portuguesa de 1,5% para 1,3%, abaixo dos 1,8% de crescimento estimados pelo Governo.

Câmara de Comércio Luso-Britânica assegura apoio a empresários

Secretário-geral diz que ” Brexit ” irá afetar o turismo em Portugal, mas acredita numa geração empresarial “flexível e criativa”.

 

Chris Barton, secretário-geral da Câmara de Comércio Luso-Britânico (CCLB), assegurou que o organismo que lidera continuará a apoiar as empresas portuguesas que queiram exportar para o Reino Unido, bem como as empresas britânicas que pretendam fazer negócio em Portugal.

 

O Reino Unido disse “sim” à saída da União Europeia e a CCLB admite que o Brexit “será prejudicial para o turismo português”, uma vez que “será mais caro visitar os países da Zona Euro” para os britânicos. Contudo, Chris Barton acredita que as boas relações comerciais entre os dois países irão manter-se.

 

“Portugal e o Reino Unido continuarão a ter fortes ligações comerciais. O nosso papel é apoiar empresas a perceberem o novo panorama de forma a poderem adaptar-se e florescer”, refere o responsável em comunicado.

 

Apesar de considerar que o comércio irá “sofrer” com a saída do Reino Unido da União Europeia, Chris Barton acredita em “novas oportunidades” para a economia.

 

“A geração empresarial de hoje tem a vantagem de ser flexível e criativa e, inevitavelmente, empresas de todas as dimensões irão encontrar formar de explorar novas oportunidades”, conclui.

Migração e alterações climáticas ameaçam economia global

Por: Denisse Sousa

O Global Risks Report, apresentado pelo World Economic Forum, define os riscos a longo médio prazo para a economia global.

 

A migração involuntária é o fator com mais potencial de risco sobre a economia global, seguindo-se a falha da mitigação e adaptação a alterações climáticas – incluindo grandes catástrofes naturais e escassez de água e alimentos. As conclusões surgem no Global Risks Report de 2016, relatório apresentado pelo Fórum Económico Mundial com a ajuda com Grupo Marsh & McLennan Companies.

Já na sua 11.ª edição, o relatório apresenta um retrato evolutivo sobre fatores de impacto nas economias divido em cinco setores: economia, ambiente, geopolítico, social e tecnológico. O estudo contou com a participação de 750 especialistas que partilharam as suas ideias sobre os potenciais riscos que podem ameaçar a prosperidade global e as empresas nos próximos 10 anos.

Foi pedido aos especialistas que considerassem 29 riscos globais condensados nestas cinco categorias, num horizonte de 10 anos, e que os hierarquizassem de acordo com o risco e o impacto de caso os mesmos acontecessem.

Há um crescimento notável no que toca à probabilidade e impacto da migração em larga escala. O risco inclui “migração causada não só por violência e conflitos, como os que abalam agora a Síria e o Iraque, mas também razões ambientais e económicas”.

“O fluxo migratório atingiu um nível sem precedentes na história recente. Em 2014, 59,5 milhões de pessoas foram forçadas a realojarem-se para outra parte do mundo, em comparação com os 40 milhões na Segunda Guerra Mundial.”

As preocupações ambientais são cada vez maiores, passando de algo hipotético para um risco real e com consequências graves, devido à falta de ação e prevenção dos últimos anos, acrescenta o relatório.

 

Segurança informática entre os maiores riscos

Na hierarquia do relatório deste ano a segurança informática aparece em 11.º lugar tanto em probabilidade como em impacto. As constantes ameaças de ataques cibernéticos, como aquele que os Estados Unidos sofreram em 2015, fazem com que seja necessário haver um reforço de segurança e melhor proteção de dados tanto das empresas e dos seus clientes, como dos seus funcionários. A não regulamentação pode ser vista como fator de risco às economias avançadas.

“O ano de 2016 marca uma separação forçada de descobertas anteriores, fazendo com que os riscos que o Relatório sublinhou na última década começassem a manifestar-se agora de forma nova e inesperada causando danos a pessoas, instituições e economias”,  lê-se no documento.

 

Política pode influenciar investimentos

O Global Risks Report 2016 mostra também como as estruturas e medidas políticas e governamentais têm um alto impacto na maneira como as pequenas e médias empresas operam nos países. Quando as relações entre estados são harmoniosas, o mercado e o investimento são movidos por considerações económicas.

No entanto, quando há tensão em relações políticas internacionais, estas podem superar a economia – sob a forma de sanções contra adversários ou tratamento preferencial de aliados políticos.

Ainda segundo o relatório, cabe às organizações considerarem os riscos para que possam analisar verdadeiramente o impacto que estes podem ter nas suas organizações.