Quinta-feira, Abril 24, 2025
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Dstgroup desenvolve capacete inteligente para proteger trabalhadores

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Por: Redação


Chama-se Smart HardHat, em tradução livre chapéu inteligente duro, e foi projetado pelo dstgroup e desenvolvido em parceria com o CENTI – Centro de Tecnologia e Inovação e o DTx – Digital Transformation CoLAB. Em Munique, na LOPEC 2025, foi a escolha do público e venceu a categoria “Protótipos & Novos Produtos”.

Em comunicado, o grupo empresarial de Braga, explica que o Smart HardHat é um capacete que incorpora sensores avançados para verificar a saúde dos trabalhadores e as condições do ambiente, garantindo uma rápida atuação em situações de perigo.

Combinando tecnologias de sensorização impressas e comerciais, inteligência artificial e um design ergonómico, o Smart HardHat posiciona-se como uma inovação que pode salvar vidas no setor da construção e mineração.

As principais funções do capacete assentam na verificação constante dos parâmetros vitais, avaliação do ambiente, sistema de localização sem GPS, botão SOS e comunicação inteligente.

Características que levaram o projeto a arrecadar o prémio “Protótipos & Novos Produtos” no concurso da OE-A – Organic and Printed Electronics Association, organizado durante a LOPEC 2025.

João Daniel Pereira, responsável pelo desenvolvimento na empresa de I&D do dstgroup, a
innovationpoint, sublinha que o Smart HardHat pode salvar vidas. “Dotado de múltiplos sensores, inclusive com inteligência artificial treinada no capacete vai permitir aumentar significativamente a segurança em ambiente de obra e industrial. A atuação rápida com base na alarmística pode salvar vidas, e essa é a nossa maior motivação”, afirma.

Desenvolvido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, do R2UTechnologies Innovation Pact, o Smart HardHat será inicialmente implementado nas empresas do grupo de engenharia e construção, com a expectativa de expansão a nível nacional e internacional.

Diplomacia Económica em debate na Universidade Católica

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Por: Ana Vieira

O Instituto de Estudos Políticos, da Universidade Católica Portuguesa, vai ser palco de uma aula aberta, no dia 17 de março, dedicada à “Diplomacia Económica no Mundo dos Negócios”.

O programa irá reunir especialistas, estudantes e empresários para debater o papel da diplomacia no contexto empresarial internacional.

Bernardo Ivo Cruz, secretário de Estado da Internacionalização (2022-2024) será o moderador, acompanhado dos convidados Vítor Oliveira, secretário-geral SEDES Europa e presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa, Vasco Ribeiro, Prof. Universitário e Isabel Neves, advogada e Professora Business Angel.

Com a globalização a exigir uma maior sensibilidade cultural e estratégias diplomáticas eficazes, compreender o papel da diplomacia económica tornou-se fundamental para o sucesso de empresas em processos de internacionalização.

Qual a influência do corporativismo nas Comunidades Portuguesas ou o impacto da diplomacia económica na internacionalização das empresas são alguns pontos de partida para a aula aberta.

O evento, que decorrerá na Sala de Exposições do Edifício Biblioteca João Paulo II, iniciará às 15h30, incluindo debate com a audiência.

A PME Magazine é media partner do evento.

“A Mediaprobe mede, segundo a segundo, e em ambiente real, a resposta emocional a conteúdos” – Pedro Almeida

Por: Constança Ladeiro 

 

A Mediaprobe, anteriormente conhecida como MindProber, está a alterar o setor de medição de audiências ao trazer a neurociência do consumo para o mundo da publicidade e dos conteúdos televisivos.

Com uma abordagem baseada em dados biométricos, a empresa portuguesa com 48 colaboradores que trabalha com nomes como a Netflix e a Fox, mede, segundo a segundo, e em ambiente real, a resposta emocional a conteúdos e publicidade em TV e áudio.

Em entrevista à PME Magazine, Pedro Almeida, CEO da MediaProbe destaca que “é uma empresa especializada na medição do envolvimento emocional, captando em tempo real as reações fisiológicas das audiências aos conteúdos de media”.

PME Magazine (PME Mag.)– O que motivou a mudança de nome de MindProber para Mediaprobe? Como é que a transição reflete a evolução da empresa?
Pedro Almeida (P. A.) – A Mindprober foi inicialmente concebida como um projeto destinado a escalar a neurociência do consumo. No entanto, o nosso conceito inicial foi rapidamente ultrapassado quando encontrámos fit com a medição de respostas emocionais a conteúdo e publicidade em TV e áudio, numa lógica de medição de audiências em painel. Na verdade, foi para este campo que fomos sendo levados pelos nossos clientes, de entre os quais se contam os principais broadcasters e plataformas de streaming mundiais.

“(…) EIS (Emotional Impact Score), a primeira métrica escalável e objetiva de resposta emocional a conteúdo e publicidade em TV e áudio”.

As primeiras colaborações com clientes validaram o potencial desta abordagem e, à medida
que expandimos a nossa capacidade de recolha e tratamento de dados, desenvolvemos o
EIS (Emotional Impact Score), a primeira métrica escalável e objetiva de resposta
emocional a conteúdo e publicidade em TV e áudio.

MindProber colocava-nos no espaço dos estudos da neurociência do consumo, enquanto que Mediaprobe remete para o espaço da medição replicável e escalável. Assim, considerámos que fazia sentido afastar o foco da neurociência — Mindprober — e reforçar a nossa missão na indústria de medição media — Mediaprobe.

PME Mag. – Quais foram os principais desafios enfrentados pela empresa ao introduzir a neurociência do consumo no mercado de estudos da media, e como foram superados?
P. A. – Nós estamos a tentar mudar um paradigma com dezenas de anos. A indústria de medição de audiências é dominada por métricas tradicionais totalmente estabilizadas, que, no entanto, presumem que todas as impressões comerciais têm o mesmo valor.

“(…) resposta emocional da audiência ao conteúdo, que pode ser medida pela monitorização das respostas fisiológicas da audiência enquanto vêem TV/ouvem conteúdo rádio/podcasts”.

Esta lacuna abriu espaço para uma nova oportunidade – avaliar a qualidade das impressões, tendo emergido um conjunto de players que introduziu a noção da medição da “Atenção” dos espectadores a conteúdo e publicidade. A maior parte dessas empresas utiliza técnicas de eye-tracking para perceber se os espectadores estão a olhar para a TV. A Mediaprobe detetou limitações nesse método e avançou com a noção de que o melhor indicador da qualidade de impressão é a resposta emocional da audiência ao conteúdo, que pode ser medida pela monitorização das respostas fisiológicas da audiência enquanto vêem TV/ouvem conteúdo rádio/podcasts. Está a ser necessário educar a indústria numa nova métrica, entre players tradicionais e novas empresas estabelecidas. Uma métrica nova, com tecnologia de medição que só era usada em laboratório, proposta por uma empresa que, temos de reconhecer, vem de um mercado periférico aos Estados Unidos. David vs Golias, o novo versus o estabilizado e com players de reputação assinável.

“(…) base de clientes reputados, como a NBCU, Netflix, FOX ou, em Portugal, SIC ou Bauer Media Group”

A superação dos desafios passa por alguns vetores: i) uma estratégia de completa abertura
com o mercado e a academia – a Mediaprobe colabora com grupos de várias universidades
que validam a nossa abordagem, publica os seus resultados em revistas científicas e em
conferências e tem uma estratégia de open data, por exemplo, disponibilizando o seu
dataset para que grupos de investigação publiquem com os seus dados; ii) submissão ao
escrutínio e validação de players reputados – somos parceiros validados dos principais players de market research mundial, tendo passado por processos muito apertados de validação e iii) estabelecimento de uma base de clientes reputados, como a NBCU, Netflix, FOX ou, em Portugal, SIC ou Bauer Media Group, que asseguram que o nosso trabalho e métricas entregam o valor que prometemos.

PME Mag. – Quais são as principais tecnologias e ferramentas utilizadas para capturar, armazenar e analisar os dados das respostas emocionais dos espectadores?
P. A. – A Mediaprobe é uma empresa especializada na medição do envolvimento emocional, captando em tempo real as reações fisiológicas das audiências aos conteúdos de media. Reconhecida pelo uso inovador de dados biométricos através da tecnologia de resposta galvânica da pele (GSR), a Mediaprobe mede, segundo a segundo, e em ambiente real, a resposta emocional a conteúdos e publicidade em TV e áudio.

“(…) tecnologia de reconhecimento de som, permitindo compreender que conteúdo o painelista está a ver/ouvir”

O índice de impacto emocional (EIS) fornece aos clientes uma métrica comparável entre
diferentes meios, permitindo que as empresas tomem decisões informadas sobre
criatividade e planos de meios. Mas a tecnologia vai muito além do sensor. Para garantir a
máxima precisão dos dados, desenvolvemos uma aplicação móvel que acompanha cada
participante ao longo do processo. Esta app móvel integra tecnologia de reconhecimento de
som, permitindo compreender que conteúdo o painelista está a ver/ouvir e em que segundo exato do conteúdo está.

Os dados são disponibilizados na nossa plataforma analítica, tendo como base para
benchmark a maior base de dados do mundo de reações emocionais a conteúdos
televisivos, composta por mais de 250.000 horas de dados biométricos.

PME Mag. – Quais são alguns exemplos de como os insights fornecidos pela Mediaprobe foram utilizados para otimizar as estratégias do cliente?
P. A. – Os dados da Mediaprobe são utilizados genericamente para dois fins: editorial e comercial. No primeiro caso, os dados ajudam produtores de conteúdos a perceber que elementos nos programas têm sucesso a envolver emocionalmente os consumidores, ou que elementos causam disengagement.

Trabalhamos com clientes como a F1, ajudando-os a perceber, por exemplo, que tipos de decisões editoriais (como ângulos de câmara, comentadores, gráficos durante a emissão) potenciam o envolvimento de espectadores.

Relativamente aos fins comerciais, publicitários, ajudamos clientes como networks
televisivas e demonstrar superioridade do seu espaço publicitário em envolver as
audiências certas, comparando o impacto emocional do seu conteúdo, e publicidade no
conteúdo, com benchmarks. Os nossos dados também são utilizados para medir o impacto
e sucesso de ações de marketing integrado em conteúdo (por exemplo, percebendo se
sponsorships são ativados nos momentos certos), ou para demonstrar eficácia de formatos
e intervalos publicitários.

“(…) ajudámos o Grupo Impresa a otimizar e medir a eficácia dos novos formatos de bloco publicitário de 2 minutos”

Num exemplo recente em Portugal de que nos orgulhamos muito, ajudámos o Grupo Impresa a otimizar e medir a eficácia dos novos formatos de bloco publicitário de 2 minutos (uma inovação muito importante no nosso mercado TV) e justificar o premium em preço destes formatos (uma vez que se traduzem em, dramaticamente, maior eficácia).

PME Mag. – Quais são os próximos passos para a Mediaprobe em termos de mercados-alvo e desenvolvimento de novas tecnologias ou serviços?
P. A. – A Mediaprobe está atenta a novas oportunidades e novos mercados que poderão beneficiar da nossa medição. O nosso foco estratégico a nível geográfico é fortalecer a nossa presença nos EUA, Reino Unido e Portugal, apesar de olharmos, e termos pedidos de
clientes, em mercados como o Brasil ou Espanha.

Em termos de produto, a evolução natural da Mediaprobe é estar cada vez mais integrada
com sistemas de media planning, permitindo aos clientes construir planos de meios em TV
de forma a colocar impressões em conteúdos e formatos publicitários que maximizem o
envolvimento dos espectadores e, portanto, a eficiência das impressões (iremos em breve
avançar com o conceito de “Engaged GRP”).

PME Mag. – Que estratégias a Mediaprobe adota para atrair novos clientes, especialmente em mercados internacionais?
P. A.– A nossa estratégia permanecerá a mesma, refinada, mas a mesma. Sempre acreditamos no valor do nosso produto e nos benefícios que impulsionam aos nossos clientes.

“Os broadcasters terão mais confiança sobre o valor dos seus espaços publicitários (…)”

Em 2025 vamos procurar ser mais precisos na comunicação e direcionamo-nos não só para os broadcasters que são os “Implementadores” do nosso serviço mas também para as próprias marcas e agências, que são os drivers da demanda pela nossa métrica. Os
broadcasters terão mais confiança sobre o valor dos seus espaços publicitários, enquanto
as marcas não só terão mais clareza sobre o seu investimento, como também obterão
insights valiosos para construir relações mais próximas e sólidas com os consumidores,
estando presentes nos conteúdos que reforçam o valor dos seus anúncios e ações de
patrocínio.

Carmo Wood apresenta nova geração de fachadas em madeira

Por: Redação

A Carmo Wood, empresa que atua no setor da madeira tratada, acaba de lançar uma nova geração de fachadas em madeira que combinam design,
engenharia de precisão, tecnologia e sustentabilidade.

Em comunicado, a empresa explica que se inspirou nas tendências internacionais para apresentar um novo portefólio com seis tipos de painéis de fachadas, disponíveis em diferentes espécies de madeira e acabamentos de cor.

Entre as novas soluções estão painéis modulares com encaixe de alta precisão, sistemas ventilados, soluções que combinam madeira com metal e vidro e ainda materiais tecnologicamente modificados para garantir uma resistência superior e baixa manutenção.


A nova linha utiliza madeira carbonizada e termoamodificada

A Carmo Wood, especifica ainda a empresa em comunicado, que a nova linha inclui inovações tecnológicas como o uso de madeira carbonizada, tratada através de um processo japonês utilizado para melhorar a resistência, e a madeira termoamodificada, submetida a altas temperaturas, sem aditivos químicos, que aumenta a estabilidade e durabilidade.

Para João Figueiredo, CEO da Carmo Wood Engineering, a madeira é um material que pode dar uma boa resposta às necessidades arquitetónicas. “Acreditamos que a madeira é a resposta para uma arquitetura mais eficiente, sustentável e inovadora. Estas fachadas representam um salto qualitativo no setor da construção, conjugando engenharia e design com as vantagens naturais da madeira” refere.

Com projetos já em curso em França, a Carmo Wood aposta agora na introdução destas soluções no mercado português.

João Figueiredo refere que a madeira tem sido cada vez mais utilizada em fachadas na Europa. “O uso da madeira em fachadas tem vindo a crescer na Europa, impulsionado pelas suas credenciais ecológicas e pela evolução dos processos de tratamento e acabamento”, afirma.

Funchal, Loulé e Torres Vedras lideraram faturação no Carnaval

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Por: Redação

 

Entre os dez concelhos com mais expressão carnavalesca no país, Funchal (Madeira), Loulé e Torres Vedras foram as regiões que mais faturaram entre o dia 1 e 4 de março, de acordo com o relatório da Reduniq, que analisa a evolução dos pagamentos com cartão da sua rede.

O relatório avaliou o desempenho dos 10 concelhos que mais apostam na época: Alcobaça, Estarreja, Funchal, Loulé, Macedo de Cavaleiros, Mealhada, Ovar, Sesimbra, Sines e Torres Vedras.

 

Macedo de Cavaleiros registou o valor médio mais alto por compra

No total, os negócios destas regiões registaram um aumento de faturação de 7,1% face ao mesmo período de 2024.

Os concelhos da Mealhada com +67,7% e de Macedo de Cavaleiros com +66,5% lideraram o crescimento percentual.

A Mealhada foi também o concelho que registou a maior evolução homóloga no gasto médio por cartão com +26,7%, atingindo os 41,24€, bem como no valor médio por compra (+30,5%), que se fixou nos 31,78€.

No entanto, Macedo de Cavaleiros apresentou o maior valor médio por compra (43,19€), enquanto o maior gasto médio por cartão se verificou na Madeira (80,31€), seguida de Loulé (72,40€).

 

Madeira lidera faturação no Carnaval

Ainda segundo o comunicado da Reduniq, entre os dez concelhos analisados, a Madeira destacou-se, representando 44% do total faturado durante o Carnaval. Loulé (24%) e Torres Vedras (13%) vêm em seguida.

O estudo também analisou os picos de faturação registados, com Macedo de Cavaleiros a liderar com um crescimento expressivo de 142,5% na terça-feira de Carnaval em comparação ao mesmo dia em 2024.

Outros crescimentos notáveis incluem a Mealhada com +91,7% no sábado e Sines com +67,4% no domingo.

 

Em Estarreja só 3,25% dos cartões usados foram estrangeiros

O relatório da Reduniq revela ainda que os estrangeiros também realizaram transações durante o Carnaval.

As cinco nacionalidades com maior volume de pagamentos incluiram turistas do Reino Unido, Alemanha, França, Países Baixos e Espanha.

A Madeira destacou-se como o destino mais popular para os visitantes internacionais, com um terço das transações efetuadas por estrangeiros. Já Loulé foi o destino favorito dos turistas espanhóis.

Por outro lado, Estarreja viveu um Carnaval mais nacional, com apenas 3,35% das transações realizadas por cartões estrangeiros.

 

Restauração e combustível entre os setores mais beneficiados

O relatório aponta ainda para uma variação significativa no consumo por setor de atividade.

Em Macedo de Cavaleiros, a restauração (44,46%) e as gasolineiras (34,29%) foram os setores mais impactados, registando crescimentos de 5,83 e 11,56 pontos percentuais, respetivamente.

Também em Ovar e Torres Vedras, a restauração ganhou relevância no total da faturação, crescendo cerca de três pontos percentuais face a 2024.

“Uma dependência excessiva da IA sem supervisão humana pode levar a decisões incorretas” – Daniel Pereira

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Por: Constança Ladeiro e Ana Vieira

 

A LTPLabs é uma consultora portuguesa especializada em advanced analytics, que combina ciência dos dados e Inteligência Artificial (IA) para otimizar a tomada de decisão empresarial.

Fundada há 10 anos, e com mais de 100 colaboradores, aposta numa forte base de investigação com soluções inovadoras.

Em entrevista à PME Magazine, Daniel Pereira, Partner da LTPlabs, além de chamar a atenção para a importância da supervisão humana em contexto de IA, aponta o caminho para as pequenas e médias empresas.

“As PME podem beneficiar das duas abordagens para aumentar a eficiência e acelerar o crescimento. A IA Tradicional automatiza processos como gestão de inventário e análise financeira, enquanto a IA Generativa facilita a criação de conteúdos, o suporte ao cliente e o desenvolvimento de novos produtos”, explica Daniel Pereira.

PME Magazine (PME Mag.) – Como surgiu a LTPlabs e quais os serviços que oferece?
Daniel Pereira (D. P.) – A LTPlabs nasceu há 10 anos com a missão de transformar a tomada de decisão nas empresas através da ciência dos dados e da Inteligência Artificial (IA). Hoje, é uma das maiores consultoras portuguesas especializadas em advanced analytics, ajudando organizações de setores como Consumer Goods, Retail, Telecomunicações, Healthcare, Energy e Public Sector a otimizar operações, melhorar a experiência do cliente, aumentar receitas e acelerar a inovação. A nossa abordagem alia um profundo conhecimento de negócio à IA para desenvolver soluções personalizadas e de elevado impacto.

PME Mag. – Como funciona a Inteligência Artificial e quais são as principais diferenças entre a IA Tradicional e a IA Generativa?
D. P. –
De forma geral, a Inteligência Artificial aplicada ao contexto empresarial (Business AI) baseia-se na análise de grandes volumes de dados para identificar padrões, gerar previsões e apoiar decisões estratégicas, tornando as operações mais eficientes e informadas.

“Já a IA Generativa vai além da análise de padrões e foca-se na criação de novos conteúdos (…)”

A IA Tradicional faz isso através de modelos preditivos (machine learning) e prescritivos (otimização e simulação), analisando padrões históricos para recomendar ações de forma automatizada e inteligente. Já a IA Generativa vai além da análise de padrões e foca-se na criação de novos conteúdos, como textos, imagens e código. Apesar das diferenças, estas abordagens não se excluem; pelo contrário, complementam-se, permitindo uma automação mais avançada e abrindo novas possibilidades para personalização e inovação.


PME Mag. – Que tipo de problemas a IA Tradicional e a IA Generativa conseguem resolver e em que áreas do mercado já estão a ser utilizadas?
D. P. –
A IA está a transformar diversos setores, da manufatura aos serviços. Eis alguns exemplos concretos:
• Gestão da Cadeia de Abastecimento: a IA Tradicional melhora a previsão de procura e otimiza stocks com base em históricos de vendas e fatores externos, enquanto a IA Generativa permite simular diferentes cenários para mitigar disrupções.
• Retalho: a IA Tradicional potencia sistemas de recomendação personalizados, enquanto a IA Generativa cria descrições de produtos e conteúdos de marketing ajustados a cada cliente.
• Saúde: modelos preditivos auxiliam na análise de exames e deteção precoce de doenças, enquanto a IA Generativa automatiza a criação de relatórios médicos com base em anotações clínicas.
• Manufatura: a manutenção preditiva antecipa falhas em equipamentos, e a IA Generativa contribui para o design de peças e componentes otimizados para produção.
• Telecomunicações: a IA Tradicional deteta anomalias na rede, enquanto a IA Generativa melhora a experiência do cliente com assistentes virtuais capazes de resolver questões técnicas.
• Setor Público: a análise de dados ajuda a identificar fraudes fiscais, enquanto chatbots impulsionados por IA Generativa agilizam o atendimento ao cidadão.

Independentemente do setor, a combinação destas abordagens permite otimizar operações, reduzir custos e criar novas oportunidades de crescimento.


PME Mag. – Quais são as potencialidades da IA Generativa em comparação com a IA Tradicional nas pequenas e médias empresas?
D. P. – As PME podem beneficiar das duas abordagens para aumentar a eficiência e acelerar o crescimento. A IA Tradicional automatiza processos como gestão de inventário e análise financeira, enquanto a IA Generativa facilita a criação de conteúdos, o suporte ao cliente e o desenvolvimento de novos produtos. A adoção estratégica destas tecnologias torna as PME mais competitivas, permitindo-lhes escalar operações sem aumentar proporcionalmente os custos.


PME Mag. – Quais as principais limitações e riscos associados à IA Generativa?
D. P – Apesar das suas vantagens, a IA Generativa também apresenta desafios. Um dos principais riscos é a geração de conteúdos imprecisos ou tendenciosos (alucinações), já que os modelos aprendem a partir de dados que podem conter erros ou enviesamentos.

“(…) uma dependência excessiva da IA sem supervisão humana pode levar a decisões incorretas”.

Questões como a privacidade, a proteção de dados e a autenticidade da informação são preocupações críticas, especialmente em setores regulados. Além disso, uma dependência excessiva da IA sem supervisão humana pode levar a decisões incorretas. Para mitigar estes riscos, é essencial garantir transparência, manter uma supervisão criteriosa e auditar continuamente os modelos.


PME Mag. – O ChatGPT, o DeepSeek-R1 e o DeepSeek-V3 representam a evolução da IA Generativa. Como se espera que estas ferramentas impactem o futuro das empresas e do mercado de trabalho?
D. P. – O ChatGPT, o DeepSeek-R1 e o DeepSeek-V3 são exemplos da nova geração de IA Generativa, trazendo avanços significativos na automação e no processamento de linguagem. O ChatGPT destaca-se pela sua versatilidade e facilidade de integração em múltiplos contextos empresariais, desde o atendimento ao cliente até ao suporte à tomada de decisão. Já os modelos open-source DeepSeek-R1 e DeepSeek-V3 oferecem maior flexibilidade para personalização e destacam-se em tarefas mais exigentes, como raciocínio lógico, programação e análise de dados.

Estas ferramentas estão a transformar a forma como as empresas operam, otimizando processos, melhorando a experiência do cliente e aumentando a produtividade. No mercado de trabalho, permitem automatizar tarefas repetitivas, libertando tempo para funções mais estratégicas e criativas.

ANI lança primeiro aviso de financiamento para startups Deep Tech

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Por: Redação


A Agência Nacional de Inovação (ANI) anunciou o lançamento do primeiro aviso do novo Sistema de Incentivos à Competitividade das Startups.

Integrado no Programa Deep2Start e financiado pelo fundo FITEC, destina-se à atribuição de dois vouchers: o Voucher Go to EIC Accelerator, com um valor de 10 mil euros e o Voucher Deep Tech, de 60 mil euros. Este mecanismo de apoio tem como objetivo potenciar a inovação disruptiva e promover a internacionalização das startups nacionais de base tecnológica e tem como destinatárias exclusivas as startups que obtiveram aprovação na primeira fase do EIC Accelerator.

Em comunicado, a ANI explica que o Aviso ANI-2025-01 representa um “marco estratégico para impulsionar a inovação no setor Deep Tech em Portugal, proporcionando apoio financeiro essencial para startups que procuram desenvolver e escalar tecnologias disruptivas”.

Tem como objetivo reforçar a competitividade das empresas nacionais, facilitando o acesso a financiamento europeu, promovendo a maturação tecnológica.

Estas medidas integram o novo Sistema de Incentivos à Competitividade das Startups, que visa apoiar micro, pequenas e médias empresas em projetos de inovação, investigação e desenvolvimento, internacionalização e empreendedorismo. Os apoios são concedidos a fundo perdido, com valores de 10 mil, 30 mil e 60 mil euros, dependendo da modalidade.

Consignação de IRS: saiba como ajudar quem mais precisa

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Por: Catarina Sargento e Ana Vieira


O IRS pode servir também para ajudar quem mais precisa. Desde 2001 que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) permite que os contribuintes encaminhem 1% do IRS, que seria a favor do Estado, para apoiar causas, sem afetar o reembolso do contribuinte.

A consignação de IRS consiste em atribuir 1% deste imposto a uma instituição solidária, religiosa, cultural ou com fins ambientais e está consagrada na legislação portuguesa desde 2001 (art.º 32.º, n.º 6 da Lei n.º 16/2001 de 22 Junho).

Este artigo explica em que consiste a consignação de IRS e como pode ser feita. 


Pontos chave

  • O Estado abdica de 1% do seu IRS e envia esse 1% já liquidado para uma entidade beneficiária.
  • Este é um processo que não acarreta custos adicionais. Caso receba reembolso ou pague imposto adicional o valor será o mesmo.
  • Já pode comunicar a instituição ou associação a quem pretende consignar o seu IRS no Portal das Finanças mesmo antes da entrega da sua declaração de IRS.


Quando e como o pode fazer?

Para escolher qual a instituição que quer ajudar pode fazê-lo antes de submeter a declaração de IRS (1 de janeiro a 31 de março):

  1. Entre no Portal das Finanças, clique no menu Dados Agregados IRS e escolha Entidade a Consignar IRS.
  2. Em seguida, coloque os dados (nome e NIF) da entidade. Se ainda não tiver escolhido a instituição pode clicar na lupa junto a NIF e aparecer-lhe-á a lista com as instituições autorizadas.
  3. Uma vez escolhida a entidade basta-lhe clicar nela e verificar se o nome está correto para realizar o pedido.
  4. Por fim, pode obter o comprovativo da consignação.
  5. Em caso de engano, ou se desejar escolher outra entidade, pode fazer a alteração quando estiver a preencher a sua declaração de rendimentos.


Se não quiser realizar o processo antecipadamente, pode sempre fazê-lo no período estipulado para preencher a declaração entre 1 de abril e 30 de junho:

  1. Assim, terá de o fazer no quadro 11.
  2. Aqui encontrará quatro opções: instituições religiosas; instituições particulares de solidariedade social ou pessoas coletivas de utilidade pública; pessoas coletivas de utilidade pública de fins ambientais; instituições culturais com estatuto de utilidade pública.
  3. Depois de escolher o tipo de entidade, coloque o NIF da mesma e diga que pretende consignar o IRS.

 

Quais as entidades que podem beneficiar do seu IRS?

  • Igrejas ou comunidades religiosas radicadas no país, somente se tiverem requerido o benefício fiscal.
  • Pessoa coletiva de utilidade pública com fins de beneficência, de assistência ou humanitários ou de uma instituição particular de solidariedade social.
  • Pode também optar por pessoas coletivas de utilidade pública de fins ambientais.
  • E ainda, instituições culturais com estatuto de utilidade pública.

Pode verificar a lista de entidades que conseguem beneficiar da consignação do IRS no Portal das Finanças.


Quem não ‘paga’ IRS, pode também consignar?

Sim. A consignação de IRS refere-se a 1% do valor liquidado. Mesmo que não tenha imposto a pagar no final do processo ou receba um reembolso total, ainda pode consignar. 

 

O que acontece se não fizer a consignação?

Se optar por não consignar 1% do IRS, o valor correspondente será integralmente retido pelo Estado. A consignação permite que decida a quem destinar esta parte dos seus impostos, sem custos adicionais.

 

E o IVA? Posso consignar?

Sim, poderá também consignar o valor da sua dedução do IVA suportado pela exigência de faturas, correspondente a 15% do IVA pago em setores específicos (ex. saúde, restauração, cabeleireiros, reparação automóvel, etc.) mas, neste caso, o valor a consignar implicará uma redução do seu reembolso ou no pagamento de imposto adicional.

Liderança feminina no setor financeiro: um imperativo para o progresso

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Por: Rita Quaresma, COO da Gestlifes e responsável pelo projeto
CréditoConsolidado.pt


No âmbito do Dia Internacional da Mulher, é crucial refletir sobre a presença e o impacto das mulheres em cargos de liderança. E no setor financeiro, ainda muito associado ao sexo masculino, esta presença destaca-se ainda mais. É verdade que nas últimas décadas foram alcançados progressos significativos, mas a representação feminina em cargos de topo continua a exigir a atenção e ação de todos.

De acordo com um estudo da consultora americana Oliver Wyman, em 2019, 19% dos
cargos em Conselhos Executivos do setor financeiro português eram ocupados por
mulheres. Este valor representa um aumento de cinco pontos percentuais face a 2016 – ano em que a mesma consultora já havia analisado o tema -, o que é animador. No entanto, continua abaixo da média internacional de 20%.

Já em 2024, a Comissão Para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) revelou que as
mulheres representam 30% dos cargos de gestão e 27% dos cargos de liderança em
empresas portuguesas, apesar de, em média, terem maior preparação académica do que
os homens. Esta discrepância não só reflete desigualdades de género persistentes, como
também representa uma perda significativa de potencial para as organizações.

A diversidade de género nas empresas, e mais concretamente em cargos de liderança, traz
uma maior variedade de perspetivas e abordagens que enriquecem a tomada de decisão e
promovem a resiliência organizacional. Consequentemente, também o desempenho
financeiro sai beneficiado.

No entanto, as barreiras culturais e estruturais persistem. Estereótipos de género,
preconceitos inconscientes e a falta de políticas de conciliação entre a vida profissional e
pessoal são obstáculos que muitas mulheres enfrentam na progressão das suas carreiras.
É imperativo que as instituições financeiras implementem estratégias eficazes para
promover a igualdade de oportunidades, como programas de mentoria, formação em
liderança e políticas de flexibilidade laboral.

Como Chief Operating Officer (COO) da Gestlifes, uma empresa intermediária de crédito, e
responsável pelo projeto CréditoConsolidado.pt testemunho diariamente o valor que a
liderança feminina acrescenta ao nosso setor. As mulheres trazem competências únicas,
como a empatia, a comunicação eficaz e uma abordagem colaborativa, que são essenciais
num ambiente financeiro em constante evolução.

Neste Dia Internacional da Mulher, é fundamental reconhecer os avanços alcançados, mas
também reforçar o compromisso com a promoção da liderança feminina no setor financeiro.

A igualdade de género não é apenas uma questão de justiça social, mas também um fator
determinante para o sucesso e sustentabilidade das organizações.

Bloop: A primeira rede social de compras que paga a influenciadores

Por: Catarina Sargento e Ana Vieira


A portuguesa Bloop apresenta-se como a primeira rede social de compras do mundo, permitindo aos utilizadores atuarem como influenciadores e serem remunerados. Para já, o seu acesso apenas está disponível por convite. Em setembro, terá acesso livre. 

Sediada em Portugal, a startup Bloop arrecadou mais de 1.4 milhões de euros em financiamento privado na fase pre-seed, incluindo 410 mil euros provenientes de uma campanha de crowdfunding, contando com o envolvimento de 126 investidores. 

Francisco Rodrigues, CEO da Bloop, explica à PME Magazine que a ideia de combinar uma rede social e um marketplace nasceu da vontade de democratizar o e-commerce, o que possibilitou resolver vários problemas, como os elevados custos de angariação de clientes e as baixas taxas de conversão.

A intenção da marca sempre foi conjugar a parte da rede social com a do marketplace. “Se, por um lado, tínhamos de ter uma componente de rede social que fosse alimentada pelos clientes da plataforma, por outro lado, um marketplace iria permitir que a plataforma pudesse crescer nas múltiplas categorias de produtos”, clarificou o CEO da Bloop.

Contudo, só após dois anos é que a ideia da rede social surgiu, através de um estudo de mercado junto da população mais jovem. “O principal motivo apontado foi quererem acompanhar a atividade e compras dos seus amigos, ou seja, estarem mais próximos da sua comunidade, sendo que muitos sublinharam igualmente o desejo de se sentirem relevantes ao fazerem estas recomendações para a comunidade”, deixando clara a oportunidade para a Bloop. 

Para acederem à plataforma, nesta fase, os utilizadores irão necessitar de um convite direto de um Embaixador.

Utilizador recebe 10% em credit back por cada compra

Ainda de acordo com o CEO Francisco Rodrigues as recompensas na plataforma funcionam através de retorno de crédito. “Ao publicar uma fotografia ou vídeo do produto adquirido no Marketplace, o utilizador receberá 10% em credit back. Por cada compra que seja feita na sequência desta publicação, receberá, ilimitadamente, 5% do valor da mesma”, elucida.

No entanto, para as categorias de eletrónica estas taxas alteram-se, sendo de 5% na publicação e 2,5% por cada venda gerada.

Além disto, estes benefícios só são válidos se os utilizadores fizerem uma publicação com o produto em até um mês depois da compra. Por outro lado, a publicação de cada produto só dará créditos durante 90 dias e os créditos adquiridos só podem ser aplicados em compras também num período de 90 dias.

Plataforma desenvolvida em menos de um ano

A rede social de compras foi feita “em apenas 9 meses, com uma equipa de 5 engenheiros”, apontou Francisco Rodrigues.

O CEO explica ainda que a marketplace procurou estratégias para disponibilizar um produto robusto e escalável. “Optámos por uma abordagem de headless composable commerce, escolhendo os melhores parceiros de Software as a Service (SaaS) para cada componente do nosso sistema, motores de e-commerce, backoffices de gestão de vendedores, feeds de atividade social, sistemas de descontos e promoções, entre outros” refere.

Para encontrar os parceiros ideais foram feitas mais de 100 reuniões com mais de 50 fornecedores diferentes “nas quais aprendemos muito, quer a nível técnico, quer de negócio. Nem todos corresponderam às nossas expectativas, mas a nossa abordagem deu-nos a flexibilidade para escolhermos os que eram mais adequados para nós e para o nosso modelo de negócio.”

Considerando os desafios do mercado português, não sendo “fácil atrair profissionais experientes para uma startup em fase inicial, especialmente quando estes já têm carreiras estáveis em grandes empresas. Para ultrapassar isso, recorremos à nossa rede de contactos de confiança”, explicou ainda o CEO da Bloop, Francisco Rodrigues.

Em dois anos, Bloop quer chegar aos EUA  

Com metas muito bem definidas, a Bloop ambiciona faturar mais de 40 milhões de euros até 2026, ganhar mais de 2 milhões de clientes e superar os 300 milhões de euros de
vendas. Ainda durante este ano a empresa quer reunir 500 vendedores na oferta de produtos e experiências na sua plataforma, garantir a próxima ronda de financiamento de VC (Venture Capital) e aumentar dos 15 colaboradores para os 65.

Em 2027 a startup portuguesa pretende chegar aos Estados Unidos da América.