Por: Diana Mendonça
Portugal evoluiu favoravelmente na maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável, de acordo com estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE). Dos objetivos propostos desde 2015, Portugal já atingiu a meta da maioria dos indicadores ou progride de forma favorável.
Os objetivos nos quais Portugal continua a ter de alcançar mais metas são: género e igualdade, conservação dos oceanos, proteção dos ecossistemas terrestres e consumo e produção sustentáveis. Este último objetivo é o que regista uma maioria de indicadores com “evolução desfavorável”.
Uma das razões pelas quais este indicador tem uma evolução mais negativa é o aumento do consumo interno de materiais por unidade do Produto Interno Bruto. Isto significa que se consumiu mais para produzir riqueza.
O aumento dos resíduos setoriais perigosos per capita, face a 2015, também ajudaram a não alcançar a meta proposta. Contudo, o INE aponta uma tendência positiva a nível da proporção de resíduos urbanos para reciclagem e reutilização, que diminui em 2020.
A nível dos objetivos relacionados com a saúde, houve melhorias em quase todas as áreas, nomeadamente, diminuição da mortalidade infantil, redução dos casos de VIH e redução do número de fumadores. O INE destaca que este indicador não reflete números relacionados com a Covid-19. A mortalidade materna foi dos poucos números que mais evoluiu negativamente em 2020.
Já no que diz respeito ao género e igualdade, o INE destaca uma maior participação das mulheres na política assim como um aumento da proporção de mulheres a ocupar cargos de chefia, face a 2015. Contudo, ainda é velado um longo caminho até alcançar a paridade.
Na ação climática, Portugal conseguiu reduzir em 32,9% a emissão de gases com efeitos estufa, ficando mais perto da meta de 55% até 2030.
No total dos indicadores analisados, 66 já atingiram a meta ou evoluíram de forma favorável e 37 evoluíram de forma negativa.
Os objetivos de desenvolvimento sustentável foram definidos, em 2015, pela Assembleia Geral das Nações Unidas e fazem parte da Agenda 2030, que pretende trabalhar várias áreas da sociedade.