Os trabalhadores com contrato a termo e outros vínculos atípicos em Portugal representavam 22,2% do total de empregados no final de 2017, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Portugal mantém-se, assim, entre os países europeus com maior percentagem de trabalhadores com contratos temporários, apenas suplantado pela Espanha (26,1%) e pela Polónia (27,5%).
A média nos países da zona euro é de 15,6%, enquanto a média de todos os países da União Europeia é de 14,2%.
Segundo os dados do INE relativos ao último trimestre de 2017, quase 890 mil trabalhadores tinham contrato a prazo ou outro vínculo atípico, de um total de quatro milhões de empregados.
Foram registados 175 mil novos trabalhadores no final de 2017, a grande maioria (77,6%) com contratos sem termo e apenas 39 mil com contratos a prazo ou outro tipo de vínculo.
Ainda segundo os mesmos dados, são os jovens os que mais registam contratos a termo, correspondendo “atualmente a cerca de dois terços do emprego jovem”.
A população empregada cresceu 3,5% no último trimestre de 2017 e a taxa de desemprego caiu para 8,1%, adianta o INE.
O número de jovens que não estuda nem trabalha caiu de 294,7 mil no quarto trimestre de 2016 para 233,9 mil no trimestre anterior, enquanto os desempregados de longa duração caíram 32,4% em termos homólogos de 337,4 mil no final de 2016 para 228 mil no final de 2017.
Já a população desempregada à procura do primeiro emprego caiu 27,2%, de 107,2 mil para 78 mil.
