A Michael Page, uma consultora de recrutamento, revelou os dados do “Estudo Escassez de Talento em Portugal”, onde foram inquiridos 150 recrutadores de empresas no país.
De acordo com o relatório da consultora, 36% dos inquiridos sente que o seu setor se tornou mais atrativo nos últimos 24 meses contra os 32% que acreditam num setor menos atrativo e os 9,33% que confirmam que se tornou menos desejado.
A tecnologia é onde se tem revelado mais difícil de recrutar nos últimos anos (72,97%). Seguem-se os perfis de managers (49,32%) e de recém diplomados (43,24%). A área tecnológica continua a ser das mais procuradas, seguida das funções de liderança.
Cerca de 43% dos inquiridos atribuiu a razão da escassez de talento em Portugal ao aumento das expectativas salariais. Quanto aos motivos, 30% dos recrutadores consideram que se deve ao facto de os candidatos não apresentarem o perfil certo,12,67% aponta que os candidatos não se candidataram às vagas apresentadas, 9,33% afirma que faz entrevistas, mas que os candidatos não parecem adequar-se à cultura da empresa e ainda 1,33% entende que o mercado evoluiu e que os candidatos já não querem mudar de emprego.
De acordo com Filipa Silva, associate manager da Michael Page, quando se trata de um processo de recrutamento, para algumas áreas de negócio, torna-se importante alinhar as expectativas de ambos os lados da decisão.
A associate manager esclarece que, para o candidato, é necessário haver um enquadramento e clareza das expectativas quanto ao projeto e à empresa, e que, para as empresas a recrutar, alinhar as expectativas com as circunstâncias e a realidade do mercado é fundamental.
“Muitas são as vezes em que as empresas procuram o candidato perfeito, que não hesite, e ainda com um desfasamento salarial grande face à realidade do mercado. De forma a alinhar expetativas, é importante o papel dos recursos humanos para ajudarem os line managers e administradores e gerir expectativas que levará, principalmente, a uma gestão de tempo e de recursos”, conclui Filipa Silva.