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Rebuild Ukraine
Evento solidário arrecadou, aproximadamente, 7.400 euros em donativos para ajudar a Ucrânia (Foto: Divulgação)

Câmara de Comércio Luso-Britânica angaria fundos para a reconstrução da Ucrânia

Por: Diana Mendonça e Mafalda Marques 

A Câmara de Comércio Luso-Britânica (BPCC) organizou, no passado mês de junho, um almoço de angariação de fundos, no Corinthia Hotel, em Lisboa. A iniciativa designada  contou com a presença de Chris Sainty, embaixador britânico em Portugal, Andy Brown, CEO da Galp e Inna Ohnivets, então embaixadora da Ucrânia em Portugal.

O evento iniciou-se com o discurso de Rui Pedro Almeida, presidente da Câmara de Comércio Luso-Britânica, que fez uma contextualização ao atual cenário vivido na Ucrânia e ao papel da câmara de comércio.

“Apesar de sermos uma câmara empresarial focada no comércio entre Portugal e o Reino Unido, não poderíamos ficar alheios aos efeitos desta guerra que está à nossa porta”, afirmou Rui Pedro Almeida.

O apoio de Portugal e do Reino Unido para com o povo ucraniano têm-se manifestado a vários níveis. O presidente da BPCC acredita que a reputação hospitaleira de Portugal será útil ao tentar estabelecer novos parcerias no futuro”.

Chris Sainty, o embaixador britânico em Portugal, falou de como as alianças fortes promovem a paz, a segurança e a prosperidade, referindo-se à relação bilateral histórica entre o Reino Unido e Portugal.

“Portugal é um dos aliados históricos de Inglaterra desde o século 14. Algumas pessoas questionam o valor desta ligação histórica, mas eu acredito que as alianças ajudam as nações a prosperar e o comércio a florescer. Há uma relação entre paz, estabilidade, segurança comércio e prosperidade. E a câmara de comércio tem um papel importante em manter estas relações entre os dois países, sobretudo nestes tempos difíceis, em que se promovem oportunidades de networking, que, caso contrário, não seriam possíveis”, afirmou Chris Sainty.

Inna Ohnivets, então embaixadora da Ucrânia em Portugal, iniciou o seu discurso com palavras de agradecimento às empresas portuguesas pelo apoio prestado ao povo ucraniano e também à hospitalidade com que receberam os refugiados ucranianos no país.

“Um dos objetivos da Rússia é destruir a economia da Ucrânia. Destruir infraestruturas e impedir a cadeia logística de distribuição, bloqueando os portos mais importantes da Ucrânia, é o que a Rússia está a tentar fazer”, afirmou a embaixadora.

Segundo Inna Ohnivets, entre abril e maio deste ano os danos provocados na Ucrânia ascenderam os três biliões de dólares em danos materiais. A antiga embaixadora destacou o facto da Ucrânia necessitar da ajuda dos restantes países para travar esta crise mundial: “Esta crise na Ucrânia só poderá ser travada com garantias de segurança, nomeadamente, com apoio na aquisição de armamento”.

A diplomata relembrou ainda que é necessário chegar a soluções para a recuperação pós-guerra do país. O comércio, a liberalização e o aumento das exportações da Ucrânia são algumas das soluções apontadas. Inna Ohnivets manifestou o seu apreço pelas decisões até então tomadas pelo Canadá, Reino Unido, União Europeia e Estados Unidos da América no apoio à Ucrânia.

“A Galp está ao lado da Ucrânia na luta contra a Rússia. É fácil de dizer palavras, é fácil dizer que ajudamos. A mudança que precisamos é saber como é que tornamos isso em ação? Eu estou muito orgulhoso da resposta da Galp, pois uma das primeiras coisas que fizemos foi suspender os produtos que vinham da Rússia”, estas foram as primeiras palavras de Andy Brown OBE, CEO da Galp, na sua intervenção.

Ao longo do seu discurso, Andy Brown OBE explicou como é que a empresa estava a apoiar o povo ucraniano, quer seja dentro do país, quer seja pela ajuda prestada aos refugiados. Ajuda médica, doação de dinheiro para a cruz vermelha, ajuda nos centros de receção aos refugiados, atribuição de bolsas académicas foram algumas das “pequenas ajudas prestadas pela (empresa) no mar gigante das ajudas humanitárias”.

Andy Brown salienta ainda o facto deste ser um “momento único na história corporativa, em que as empresas assumiram uma posição moral, não porque os governos lhes disseram para o fazerem, mas porque era a coisa certa a fazer”.

O patrocinador principal do evento foi a Galp, sendo o patrocinador Premium a Rentokil Initial. Outros patrocinadores de mesa incluíram UNIPARTNER IT Services, The Fladgate Partnership (Taylor’s Port), KPMG Portugal, Grupo Moneris, MDS Group e Suez Capital Lda.

Neste evento solidário arrecadou-se, aproximadamente, 7.400 euros em donativos para ajudar a Ucrânia. Destacou-se o sorteio de obra de VHILS, que permitiu juntar 670 euros ao valor arrecadado a favor da iniciativa “Rebuild Ukraine”.