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Rússia invade território ucraniano (Foto: Pexels)

Rússia invade Ucrânia; Portugal integra ações de “dissuasão” da NATO

Vladimir Putin anunciou, esta madrugada, o início de uma operação militar em território ucraniano. Com a promessa de não ocupar, mas sim desmilitarizar a Ucrânia, o presidente russo afirmou, num discurso televisivo, que tomou a decisão de iniciar a operação em resposta a ameaças de “genocídio” no leste da Ucrânia vindas das autoridades de Kiev. Entretanto, o primeiro-ministro, António Costa, já demonstrou a disponibilidade de Portugal para receber refugiados ucranianos e anunciou que Portugal irá integrar as forças de reação rápida da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Em conferência de imprensa, António Costa disse que a NATO não iria intervir na Ucrânia, mas que haverá “missões de dissuasão junto dos países com fronteira com a Ucrânia”.

Antes, na rede social Twitter, o primeiro-ministro português já tinha condenado “veementemente a ação militar da Rússia à Ucrânia”.

“Irei reunir com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros [Augusto Santos Silva], o ministro da Defesa Nacional [João Gomes Cravinho] e o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas [almirante Silva Ribeiro]. E solicitei ao senhor Presidente da República reunião urgente do Conselho Superior de Defesa Nacional”, revelou o primeiro-ministro.

Com cinco cidades ucranianas a terem sido alvo de fortes explosões, a NATO vai reunir de emergência com os embaixadores dos países membros para avaliar a invasão russa. O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou, numa conferência de imprensa, que “mais uma vez, apesar das repetidas advertências e incansáveis esforços para exercer a diplomacia”, a Rússia “escolheu o caminho da agressão contra um país soberano e independente”.

“É uma grave violação do direito internacional e uma séria ameaça à segurança euro-atlântica”, disse.

Neste momento, a realidade que se vive na Ucrânia é de pânico e medo da invasão russa. Em imagens transmitidas pela agência Reuters, é possível ver os cidadãos ucranianos a tentarem sair da capital de Kiev e outras regiões do país. Filas intermináveis de carros para sair destas cidades.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, denunciou o ataque russo ao território ucraniano e ameaça a Rússia dizendo que “a Rússia, e apenas ela, é responsável pela morte e pela destruição que este ataque vai provocar”, sublinhando que “o mundo vai exigir contas” a Moscovo. Joe Biden também revelou que vai reunir durante esta quinta-feira com os homólogos do G7, em comunicado oficial.

Os líderes da União Europeia estão prontos para agir em conformidade e prometem aplicar sanções severas e maciças à Rússia.