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Paridade de géneros
Portugal ocupa a 29.ª posição no ranking da paridade de género (Foto: Unsplash)

São necessários 132 anos para eliminar as desigualdades de género

Por: Diana Mendonça

Os dados do relatório sobre as disparidades de género, divulgados pelo Fórum Económico Mundial, que prepara o Fórum Davos há 16 anos, revelam que nós últimos 12 meses houve um avanço de quatro anos para eliminar as desigualdades de género, face aos 136 anos calculados em 2021.

O índice global de disparidade de género situou-se em 68,1% em 2022, revelando que já alcançamos mais de metade da metade no caminho daserão precisos 132 anos para haver paridade total entre géneros (100%).

Relativamente à participação política, a disparidade de género revela uma diferença entre os indicadores analisados de 22%, o que significa que a presença de homens em cargos parlamentares, de ministros e de chefes de Estado é quatro vezes superior à das mulheres a nível mundial. Para resolver este problema de paridade de género na participação política necessitaremos de 155 anos.

Já no que toca à participação económica, o índice que calcula a igualdade salarial, a presença na população ativa e a existência de trabalhadores especializados situa-se nos 60,3%, revelando que faltam 151 anos para alcançar a paridade.

A nível da educação, o índice está mais próximo da paridade estando situado em 94,4%, ficando a faltar 22 anos para que a paridade seja alcançada.

No campo da saúde e da sobrevivência, a taxa está situada nos 95,8%, existindo poucas diferenças entre homens e mulheres. O relatório alerta, contudo, que esta realidade poderá alterar-se, tendo em conta o retrocesso geral que este indicador tem sofrido.

O estudo apresentado no Fórum Económico Mundial revelou que a Islândia, pelo décimo ano consecutivo, é o país com menos desigualdades de género, seguidos da Finlândia, Noruega, Nova Zelândia, Suécia, Ruanda e Nicarágua. Portugal ocupa a 29.ª posição dos países com mais igualdade de género.

Já República Democrática do Congo, Paquistão e Afeganistão ocupam os últimos lugares da lista, dos 164 países analisados.