No âmbito da primeira edição do prémio Social CEO, organizado pela PME Magazine em parceria com Pedro Caramez, a revista entrevistou os três primeiros classificados, Mário Ferreira, CEO da Douro Azul, Miguel Pina Martins, CEO da Science4You e Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV, que aqui nos fala da importância de uma estratégia bem delineada de redes sociais para ter visibilidade nos tempos que correm.
PME Magazine (PME Mag.) – Ficou surpreendido com a nomeação e por ser o terceiro classificado da lista?
Nuno Ferreira Pires (N. F. P.) – Acima de tudo, fico bastante satisfeito por verificar que dar prioridade estratégica à digitalização (e dentro da estratégia da digitalização, às áreas de comunicação/social media) permite-nos estar distinguidos entre tantos nomeados de relevo e enorme mérito.
PME Mag. – Quanto tempo diário dedica à gestão da sua imagem no digital?
N. F. P. – Não tenho uma métrica diária. Procuro fazê-lo sempre, sem exceção, quando o contexto torna imperativo que o faça. Procuro é ter em mente e de forma constante, o que é (ou não) relevante para quem nos segue. Sem que com isso perca a minha e a nossa identidade. Isso é o mais importante.
PME Mag. – Qual a plataforma que lhe agrada mais interagir com o público?
N. F. P. – Cada plataforma tem objetivos concretos e específicos e o público espera essa adequação de conteúdo quando nos segue e interage connosco. Por isso: de um ponto de vista corporativo, claramente o Linkedin; de um ponto de vista meramente social, o Instagram; de um ponto de vista desportivo (setorial), o Twitter.
PME Mag. – Que conteúdos privilegia mais em cada plataforma digital?
N. F. P. – A resposta à pergunta anterior vai ao encontro do que privilegio em cada uma. No entanto, gostava de reforçar esse facto transmitindo que acredito mesmo que alguma da inteligência digital dos tempos atuais e de não nos perdermos num “mar de conteúdo insignificante”, está em saber exatamente aquilo para que cada uma delas serve e o que procuramos nas mesmas, consequentemente.
PME Mag. – Que conselho deixa a outros líderes que queiram ter maior visibilidade sobre o seu trabalho?
N. F. P. – Que querer ter visibilidade em 2022 sem contemplar de forma clara e eficiente o digital é difícil. A atual métrica de consumo nestas plataformas deixa muito bem espelhada esta realidade e julgo que é importante olhar para elas como um complemento de onde nos situamos, um pouco daquilo que fazemos e o que queremos transmitir a quem nos segue. Sobretudo, quando hoje temos indicadores que o tempo despendido em Portugal ao longo do último ano e de pessoas entre os 16 e os 64 anos é cerca de 7h20 por dia na internet e 2h18 nas redes sociais. Isto diz bem de todo um novo espetro e realidade onde soluções de comunicação online são fundamentais. Naturalmente, e sobretudo enquanto líderes, existem cautelas a ter, mas a velha máxima de não levarmos algumas plataformas demasiado a sério e de também não nos levarmos a nós próprios no mesmo sentido, é crucial. A genuinidade e a humildade autêntica também aqui são premiadas.