Por: Martim Gaspar
Após a apresentação do projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho por parte do Governo, um inquérito realizado pela Coverflex “O estado da compensação 2022-23” revela que 86% dos trabalhadores prefere a redução da semana de trabalho para quatro dias.
O seguinte inquérito contou com a participação de 1438 trabalhadores com idades entre os 25 e 34 anos na área de tecnologias de informação e desenvolvimento de software. Esta é uma profissão que se encontra com maior adaptabilidade para o trabalho misto ou remoto e maior flexibilidade para a semana de quatro dias.
O estudo revela que “62,1% dos inquiridos gostavam de experimentar trabalhar 40 horas semanais distribuídas apenas por quatro dias da semana”, o que significa aumentar a carga horária diária de oito para dez horas num espaço de quatro dias.
Porém, 23,9% dos inquiridos desejam a redução da carga horária semanal de 40 horas para 32 horas, no espaço de quatro dias, mesmo que esta medida exija um corte salarial. Os restantes inquiridos (14%), continuam a preferir o atual esquema de 40 horas semanais.
Quanto ao posto de trabalho, o estudo revela que 47,1% dos inquiridos encontram-se em regime misto, trabalhando alguns dias em casa e outros no escritório. No entanto, assiste-se ao crescimento do regime presencial, em relação ao ano passado “de 20,3% em 2021 para 29,5% este ano”, o que se traduz num “regresso das equipas a uma lógica mais assente na partilha de um espaço físico, num cenário de pós-confinamento e de retorno ao escritório”.