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Adega de Borba
Esta certificação de produção sustentável autoriza o uso de um selo único no setor vitivinícola português (Foto: Divulgação)

Adega de Borba ainda mais sustentável

Por: Marta Godinho

A Adega Cooperativa de Borba acaba de obter certificação do ‘Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo” (PSVA), aplicada às Vinhas e Adegas (vinificação e engarrafamento de vinhos brancos, tintos, e rosés, vinhos licorosos e espumantes, destilação e engarrafamento de aguardentes).  Esta certificação de produção sustentável, atribuída por uma das entidades Certificadoras independentes que colaboram com a Comissão Vitivinícola Alentejana para a certificação dos membros do PSVA, autoriza o uso de um selo, único no setor vitivinícola português, em todos produtos enumerados anteriormente. 

O setor vitivinícola tem sido fundamental na implementação de práticas mais sustentáveis, assumindo um papel de liderança na agricultura. À semelhança de outras regiões no mundo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana decidiu lançar em 2013 um Plano de Sustentabilidade para os Vinhos do Alentejo, disponibilizando aos participantes uma ferramenta para avaliar a forma como desenvolvem as suas atividades e oferecer recomendações para aumentar a competitividade e sustentabilidade dos vinhos do Alentejo.

Para a Adega de Borba, a sustentabilidade sempre foi um caminho incontornável, tanto a nível ambiental como social, e por esse motivo a sua adesão ao PSVA foi imediata, símbolo de um verdadeiro esforço coletivo do Alentejo vitivinícola.

Numa época em que a disponibilidade de recursos naturais é cada vez mais escassa, o conceito de economia circular ganha ainda mais importância. Este modelo de desenvolvimento sustentável permite devolver os materiais ao ciclo produtivo através da sua reutilização, recuperação, reparação e reciclagem, assegurando assim maior eficiência na utilização e gestão de recursos naturais, maior sustentabilidade do Planeta e bem-estar das populações.

  • Sustentabilidade Ambiental:

Sob a ameaça das alterações climáticas, o Alentejo vitivinícola está consciente da necessidade de adaptar algumas práticas culturais à conservação dos recursos naturais, em particular o solo, a água e a rica biodiversidade da região. Neste sentido, o conceito de sustentabilidade passou a assumir na Adega de Borba uma relevância cada vez maior. Afinal, o setor vitivinícola depende dos mesmos recursos naturais, e no futuro sem eles toda a produção e qualidade seriam impactada. Fundamental, tem sido o envolvimento dos 270 viticultores associados que nos últimos anos têm vindo a alterar a maior parte das técnicas culturais na vinha, no sentido de uma melhor conservação dos solos, gestão da água e resíduos, utilização de energia e conservação da biodiversidade.

  • Sustentabilidade Social:

Essencial para o desenvolvimento económico da região, a Adega de Borba representa um polo de criação de riqueza numa região do interior, distribuindo essa mesma riqueza pelos seus sócios viticultores, colaboradores, prestadores de serviços e fornecedores da região, várias instituições públicas, entre outros, contribuindo assim para a manutenção de emprego e bem-estar de muitas famílias. Todo o valor aqui criado, aqui é distribuído, contrariando a tendência extrativa que leva à desertificação de muitas regiões do nosso País.

“Enche-nos de orgulho o reconhecimento do empenho de toda a equipa ao longo destes anos, que se traduzirá também na projeção da marca nos mercados internacionais estratégicos que valorizam cada vez mais as boas práticas ao nível da sustentabilidade”, afirma Nuno Brito, diretor-geral da Adega de Borba.