De acordo com dados recolhidos pela Confidencial Imobiliário, no primeiro trimestre do ano, verificou-se uma descida de 70% no setor do alojamento local. Este período coincide com o segundo confinamento imposto para combater a pandemia covid-19.
O mercado do alojamento local registou novos mínimos nos primeiros três meses do ano. “Foram vendidas cerca de 6.900 noites de Alojamento Local (AL) no Porto e 8.000 em Lisboa”, como dá conta o comunicado de imprensa. Isto traduz uma quebra de 70% quando comparado ao segundo trimestre de 2020.
Esta descida representa um “volume de negócios de 431,7 mil euros no Porto e de 556,8 mil em Lisboa”.
No comunicado destaca-se, ainda, a taxa média de ocupação e o RevPAR (Revenue per Available Room) que, consequentemente, “atingiram patamares mínimos, refletindo a nova paralisação do mercado”.
A ocupação média do AL durante o primeiro trimestre em Lisboa foi de cerca de 6%, sendo que no confinamento anterior tinha-se registado uma média de 7%, e relativamente ao RevPAR, este fixou-se nos quatro euros, menos dois quando comparados com o segundo trimestre de 2020.
Na cidade do Porto, a ocupação média do AL nos primeiros três meses de 2021 registou valores na casa dos 5%, quando no segundo trimestre do ano passado tinha uma média de 8%, e no que concerne o RevPAR este atingiu os três euros, ao que corresponde a metade do valor registado no segundo trimestre de 2020.
Ainda assim, a Confidencial Imobiliário conclui que média diária “mantém-se no padrão habitual do mercado para o primeiro trimestre do ano”, ao que corresponde a “70€ em Lisboa e 63€ no Porto”.
No que diz respeito à oferta, o estudo da Confidencial observa “uma clara retração face à paralisação da procura, contabilizando-se menos 2.100 apartamentos T0 e T1 ativos no AL no Porto entre os dois confinamentos, ao passo que em Lisboa esse decréscimo é de 3.550 fogos”.
Assim, durante os primeiros três meses do 2021 contabilizaram-se cerca de 2000 apartamentos T0 e T1 em alojamento local no Porto e em Lisboa.