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Maioria dos líderes considera que a corrupção é um fenómeno habitual (Foto: Unsplash)

Apenas 11,4% dos gestores esperam uma execução ética do PRR

Por: Maria Carvalhosa

Um estudo desenvolvido pelo Rep.Circle – The Reputation Platform em conjunto com a Kepler Forensic Partners conclui que 67,5% dos líderes portugueses têm uma perceção generalizada de que a corrupção é um fenómeno habitual nas empresas portuguesas, apesar de 65% dos inquiridos desconhecer casos concretos de corrupção dentro da sua organização.

Segundo o barómetro “Corrupção e Transparência em Portugal”, desenvolvido com o objetivo de apurar qual o impacto da corrupção nas empresas portuguesas, e qual a perceção dos gestores face à execução do atual Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apenas 11,4% dos gestores esperam uma execução ética, imparcial e transparente do PRR.

Segundo estes líderes, os obstáculos a uma execução transparente atribuem-se, sobretudo, a uma fiscalização insuficiente (82,1%) e intimamente relacionada com a corrupção na atribuição de fundos (73,1%), bem como a uma burocratização excessiva.

“Através dos dados apresentados percebemos que, por maior que seja o compromisso de uma empresa, se esta não gerar as condições necessárias para que os seus colaboradores tomem conhecimento das ferramentas de combate à corrupção ao seu dispor, todo o seu trabalho de promoção da transparência acaba por ser paradoxal, não refletindo a transparência junto dos públicos internos”, afirma Salvador da Cunha, CEO da Lift e fundador do Rep.Circle.